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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sionismo e Nazismo: A legitimação do Genocídio

Os Sionistas se superam dia após dia. Veja o que é possível encontrar no The Angry Arab:
"Dershowitz: Palestinians ‘Played A Significant Role In The Holocaust’". When the Zionist lies and fabrications get that big, it tells me that they are desperate and nervous. They have to be. Perhaps Dershowitz did not bother to read Arendt's Eichmann in Jerusalem about Zionist-Nazi contacts.

Basicamente um Sionista estadunidense, Alan Dershowitz, advogado de O.J. Simpson - sim, o assassino famoso da esposa que escapou da cadeia - resolveu demonstrar todo seu desespero, e por consequência o desespero de Israel, e a necessidade urgente que Israel tem de tentar mostrar ao mundo que não é a genocida que todos conhecem ou, se isto não funcionar - como não vem funcionando - tentar atacar a credibilidade do outro lado para tentar fazer seus crimes parecerem menos terríveis.

O artigo linkado pelo The Angry Arab, escrito por Matt Duss, em sí, já é uma resposta ao sionista Dershowitz.

Para começar a conversa, o Grande Mufti de Jerusalém, Amin Al-Husseini, foi apontado e teve o cargo criado em 1921, especificamente pelo Mandato Britânico na Palestina, logo, o cargo, a posição, não tem qualquer ligação com a história Palestina e a autoridade do mesmo é questionável.

Nenhuma Palestino, historiador ou pessoa com um mínimo de inteligência e consciência nega ou pode negar o fato de que o Grande Mufti era simpatizante do Nazismo e de fato buscou acordos com Hitler. Mas daí a admitir que esta tentativa simboliza um apoio dos Palestinos em si ao Nazismo ou, pior ainda, um apoio dos Palestinos ao Holocausto.

O argumento largamente usado, batido, usado pelos Sionistas é o de que para muitos Palestinos, ainda hoje, o Mufti é visto como um herói. Só esquecem de dizer que é visto como um herói por ter tentando, da maneira que achou melhor, evitar que Israel fosse fundada, que os Palestinos sofressem o genocídio que sofrem hoje. Os métodos foram errados? Sem dúvida, mas para milhares de Palestinos humilhados dia após dia, é um alento que alguém tenha tentado, não importa como.

É típico de Sionistas - estes sim apoiaram o Nazismo, qualquer pessoa que tenha lido Hannah Arendt ("Eichmann em Jerusalém") sabe da história - buscar se legitimar atacando o outro lado, a credibilidade do outro lado, dos Palestinos, quando eles próprios não tem mais qualquer argumento.

Nós sofremos o Holocausto, logo, podemos fazer o mesmo com vocês!

Nós sofremos o Holocauso, logo, isto justifica qualquer ação nossa, não importa se igual ao dos nossos algozes!

Seu antigo líder - não importa se nomeado pela Grã Bretanha e não legitimamente por vocês - apoiava Hitler, logo, é justificável cometer um genocídio contra vocês!

E outros argumentos típicos.

"There is little doubt that Husseini had extreme, racist views of Jews, and that he gave support to the Nazis in hopes of gaining advantage against the British and Zionist forces in Palestine. What this specifically has to do with Israeli settlement activity in East Jerusalem, however, is less clear."
A declaração absurda de Dershowitz só não é simplesmente risível e descartável como bravata nazi-sionista porque é perigosa, vergonhosa e revoltante!
"The truth is that the Palestinian leadership, supported by the Palestinian masses, played a significant role in Hitler's Holocaust."

Em primeiro lugar, é risível, e concordo com o artigo de Matt Duss, acreditar que os Nazistas precisariam ou buscariam apoio de Palestinos - uma raça inferior - para realizar o trabalho dos Alemães.

Em segundo lugar, o apoio de um líder imposto - mesmo que aceito por alguns - não significa apoio de toda a população

E, mais importante, em terceiro lugar, se vale o argumento de que, nos anos 40 um líder apoiou o Nazismo e então todo o povo merece sofrer até hoje, então vale também perseguir e matar os alemães de hoje porque, no passado, seus avôs e bisavôs (e porque não avós e bisavós) apoiaram ou, ao menos, se omitiram face ao Nazismo.

Por qualquer ângulo que se olhe a tentativa Sionista de justificar o genocídio Palestino é risível e não se sustenta. Matemos então os Alemães de hoje pelo apoio que deram no passado ao Nazismo (claro que estou exagerando para mostrar o ponto). Matemos então todos os Russos de hoje pelo que Stálin fez no passado. E continua...

Tudo que Dershowitz consegue "provar" é o fato comum e conhecido de que o Mufti era simpáticos aos Nazistas mas, de forma alguma, que os Palestinos, enquanto massa, povo, tenham feito qualquer coisa contra os Judeus senão em defesa de sua própria terra e não em defesa de uma ideologia de ódio que, por outro lado, os Sionistas defendem até hoje.

Se por um lado os Sionistas se consideram no direito divino de ter e dominar a Palestina - porque um livro assim o diz e um suposto deus -, os Palestinos tão somente são donos da terra e defendem este direito com unhas e dentes.

É o fanatismo, a religião, a ideologia supremacista contra a mera realidade, o fato, o justo.

A tentativa dos Sionistas de ligar os Palestinos à Hitler, logo, ao Holocausto, não passa de uma torpe maneira de querer legitimar o genocídio que cometem contra o povo local. Algo como um genocídio legitimar outro. De início a idéia soa como estúpida. No fim das contas ela é estúpida.

Aliás, cabe ainda um adendo, o fato de uma personalidade, um líder - mesmo que imposto pela Grã Bretanha, no caso do Mufti de Jerusalém - apoiar um líder Nazista não significa apoio da população à esta ideologia. Se assim fosse o Nazismo teria triunfado dado que Chamberlain, Premier Britânico, considerava Hitler um homem de paz: "Hitler is a man of peace", disse uma vez.

Seriam os Britânicos Nazistas porque seu líder nutria alguma simpatia por Hitler ou, ao menos, o considerava honesto e homem da paz? Sem dúvida que não.

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Atualização em Outubro de 2023:

Reli o texto e, mais maduro, notei que usei algumas expressões que não contribuem com o debate, como "Nazi-Sionistas" e as editei - ficando apenas "sionistas", que é mais que suficiente. Assim como apaguei uma bandeira de Israel com a suástica por entender que pese as políticas de extermínio de Israel, nem todos os cidadãos apoiam tais políticas.


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Um artigo do Laerte Braga, já antigo, tem, porém, grande relevância ao assunto e copio algumas partes:

"Os bombardeios do nazi/sionismo contra Gaza e o povo palestino são assassinatos frios, premeditados e sem a menor preocupação com a dor, o sofrimento e os direitos de um povo, o palestino. Sionistas acham-se superiores, ungidos por Deus e detêm o controle de boa parte da economia mundial, logo, subjugam nações, governos e silenciam pessoas.

O que acontece em Gaza é um exercício de barbárie e não fica nada a dever às práticas hitleristas, pelo contrário, parece que o aprendizado nos campos de concentração aperfeiçoou o caráter boçal do sionismo. Estão usadas armas com tungstênio e fósforo que se acertam uma pessoa acima do abdômen não tem qualquer chance de sobrevivência. [...]

Os sionistas avocam a si a condição de perseguidos ao longo da história da humanidade e cobram juros de sangue e barbárie por isso. Como se fossem os únicos.
Assassinam, estupram, torturam em nome do direito de existirem, eliminando o outro. São bestas sanguinárias escoradas no poder da maior potência militar do mundo, os EUA.

Norte-americanos e ingleses (colônia européia dos EUA) recusaram-se a votar a proposta dos países árabes para o cessar fogo exigindo que o Hamas parasse de lançar foguetes caseiros sobre Israel. Legítima defesa só para os sionistas donos dos bancos e das grandes empresas que financiam campanhas políticas, inclusive a de Barak Obama.

Chamam isso de civilização. Sentem-se e procedem como “povo superior”. Tem os que se deixam encaçapar em trocas inocentes de bombons na sociedade foto montada e onde os banheiros têm sabonetes que eliminam "bactérias palestinas", "bactérias latinas", "bactérias africanas", etc.

São só assassinos, genocidas. Transformam humanos em massas inertes nos congestionamentos do ano novo e se estarrecem com os cachorrinhos perdidos nas estradas e o desespero dos donos. O dono desse pé na foto acima está longe, não importa. Não percebem que agem em todos os cantos do mundo e estendem suas garras e sua suástica em forma de estrela de davi para “curar” os inferiores do mal do “sentir emoções”."

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domingo, 7 de junho de 2009

Eleições Européias: Várias



Uma série de péssimas notícias pela Europa.

Talvez a pior notícia venha da Grã Bretanha onde o Xenófobo, com viés neofascista, British National Party (BNP, extrema-direita) conseguiu uma e talvez consiga duas cadeiras no Parlamento Europeu.

O BNP deve conseguir uma votação próxima aos 10% e defende políticas extremamente restritivas à imigração além de sequer permitir não brancos de fazer parte das fileiras do partido.

É compreensível até certo ponto, que políticas anti-imigração estejam em voga e que partidos de direita - que adotam tais bandeiras - tenham um certo crescimento, especialmente em meio à crise global - que leva à um aumento incrível do desemprego e a culpa recai sobre os imigrantes - e à completa falta de proposta da Esquerda Tradicional - especialmente se levarmos em conta o completo abandono do que consideraríamos de Esquerda, como é o caso do PD Italiano, PS francês, Labor inglês e etc.

O caso britânico é ainda mais emblemático, não bastasse a completa falência da Terceira Via preconizada por Giddens e adotada irrestritamente pelos Trabalhistas, abandonando de vez qualquer bandeira Socialista ou tradicional do partido, ainda devemos levar em conta a crise atual do governo de Gordon Brown, a rebelião interna, a crise pelo apóio irrestrito aos EUA em suas guerras na época de Tony Blair e as taxas de desemprego que vem crescendo. Tudo isto acabou por tornar possível uma vitória larga dos Conservadores e, infelizmente, um crescimento da Extrema-Direita, o que é extremamente perigoso e preocupante.

"Andrew Brons será o representante da legenda, que defende uma legislação mais dura em matéria de imigração e que se viu beneficiada pela crise e pelo escândalo do uso abusivo de dinheiro público por parlamentares do Reino Unido.

Segundo pesquisas, o BNP pode conseguir mais um assento na câmara européia."


Mais informações do Estadão, Terra, Folha e mais abaixo uma matéria do Turkish Forum:

"EU elections: Nick Griffin prevented from reaching Manchester count by demonstrators as far-right party wins seat in Yorkshire and Humber

Martin Wainwright and agencies

protesters-prevent-bnp

Protesters prevent BNP leader Nick Griffin from entering Manchester town hall for the European parliament election results for the North West tonight. Photograph: Manchester Evening News

The British National party tonight won a seat on the European parliament for the first time in its history after receiving 120,139 votes in the Yorkshire and Humber region.

Andrew Brons took a seat from Labour with almost 10% of the vote in the region, up by 2% on the last election.

Andy Burnham, the health secretary, said the result was a “sad moment for British politics”.

William Hague, the shadow foreign secretary, who is from south Yorkshire, said the party had taken votes from Labour.

The BNP won one of six seats in the region while Labour lost one of the two seats it held at the last election.

The BNP achieved 16% of the vote in Barnsley, nearly 12% in Doncaster and 15% in Rotherham – all Labour strongholds.

Brons said after the count: “The onslaught against us has been more than against any other party in recent times, but somehow we’ve overcome it. Despite the lies, despite the money, despite the misrepresentation, we’ve been able to win through.”

His victory followed particularly dramatic rises in the BNP vote in old Labour heartlands such as Barnsley, where it went from 8% to 17%, while Labour’s fell from 45% to 25%.

Brons retired last year as a politics and government teacher at Harrogate College, and re-entered active politics. He stood five times for the National Front in the 1970s after a brief spell as its leader, which ended in internal quarrels. He joined the British National Socialist party as a teenager.

Welcoming Brons’ election, Nick Griffin, the BNP leader, said: “We’re here to look after our people because no one else is.” He added that feelings were particularly strong in Yorkshire. “This is ordinary decent people in Yorkshire kicking back against racism, because racism in this country is now directed overwhelmingly against people who look like me.”

He said that immigration had become harmful to Britain, particularly with the spread of radical Islam. “Take Bradford – it isn’t immigration that’s happening there, it’s colonialism,” he said.

In Manchester, protesters prevented Griffin from reaching the European elections count for the constituency where he is standing: the North West.

Griffin finally reached Manchester town hall in a police van after his vehicle and bodyguards were pelted with eggs by a noisy group who yelled: “Fascist scum.”

His party was struggling against a strong showing by the United Kingdom Independence party and the Greens in its attempt to secure the figure of around 8.5% that would win one of the region’s eight seats.

At 10.30pm, declarations from around one-fifth of the North West’s 39 counting district left Griffin, who tops the party’s list for the region, just over a percentage point short.

The tally gave the Conservatives 112,710 – 25% of the vote – putting them on course for three seats.

Labour were running second, with 99,555 votes and many traditional strongholds still to declare, and the likelihood of two seats.

Ukip was close behind, with 68,340, and the Liberal Democrats had 60,315, guaranteeing the parties a seat each.

The BNP were on 39,352 and the Greens 36,260, leaving the battle for the eighth seat between either of them and Ukip.

“It’s on a knife-edge here in the North West,” Griffin said.

“We are on tenterhooks, but we’ve done well in Liverpool and over in Yorkshire, especially in Barnsley.”

Turnout in the North West was 31.9%, with the biggest population centres of Manchester and Liverpool well down at 24% and 27% respectively.

More people voted in smaller areas targeted by the BNP, including Burnley – where the party won a Lancashire county council seat last week – but other parties benefited.

In both Burnley and its second target area, Pendle, in the Lancashire Pennines, the BNP was pushed into fifth place behind the Liberal Democrats, Labour, the Conservatives and Ukip.

But it pushed the Liberals into third place in Hyndburn and Blackpool and only dropped below 1,000 votes in a handful of the counting areas.

Earlier, Griffin had suggested that his party might pick up two North West seats, with its candidates polling an average of 13.1% in last week’s county council elections.

The Liberal Democrats’ lone MEP for the North West, Chris Davies, warned against counting the BNP out of the running.

The BNP polled 6.4% in the North West at the last European elections, in 2004, but the threshold has risen since then with the loss of one MEP.

European Union expansion has reduced the region’s tally of seats from nine – made up, for the last term, of four Conservatives, three Labour, one Liberal Democrat and one Ukip."

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Fonte: Gara (PDF)

Na Europa como um todo a Direita venceu. Os conservadores tem agora uma ampla maioria frente ao bloco Socialista.

sobre o avanço da direita, vale ler o Vieiros, sobre a Irlanda e a vitória do Fine Gael, Itália e a vitória de Berlusconi, Alemanha com o patido da Angela Merkel, França com Sarkozy e sua UMP, Portugal e o PSD. Exceções visíveis foram os países escandinavos, onde os Social-Democratas (Centro-Esquerda) conseguiram vencer, e na Grécia, onde o PASOK venceu os governistas de direita com uma pequena vantagem.

Aliás, uma boa notícia ao menos, o Partido Pirata conseguiu realmente uma cadeira no Parlamento Europeu.

"Os socialistas saen como forza máis votada en Suecia, colleitando 5 escanos, por 4 do centrodereita gobernante. Destaca ademais que os ecoloxistas dobran porcentaxe de voto e obteñen 2 escanos e que o Partido Pirata terá asento no Parlamento Europeo. "

Conservadores vencem nos principais países na Europa

Partidos conservadores se impuseram em países como Alemanha, França, Itália, Espanha e Polônia

- O grupo conservador Partido Popular Europeu-Democratas Europeus (PPE-DE) voltará a ser a principal força do Parlamento Europeu, após sua vitória neste domingo, 7, nos países mais populosos da União Europeia (UE) em eleições nas quais grupos minoritários registraram um importante crescimento.


Segundo os primeiros resultados oficiais, os partidos conservadores e de centro-direita se impuseram em países como Alemanha, França, Itália, Espanha e Polônia, e sua vitória também é esperada no Reino Unido.

Na Alemanha, a União Democrata-Cristã (CDU) junto com sua ala bávara, União Social-Cristã (CSU), alcançou 38,6% dos votos, à frente do Partido Social-Democrata (SPD), com 20,8%, repetindo a derrota das eleições europeias anteriores, cinco anos atrás.

Na França, a União por um Movimento Popular (UMP), partido do presidente francês, Nicolas Sarkozy, venceu com 27,4% dos votos, seguida do Partido Socialista (PS), com 16,96%, e do Europe Ecologie, com 15,02%, segundo dados oficiais provisórios.

Já na Itália, o partido Povo da Liberdade (PDL), liderado pelo primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, deve vencer com entre 39% e 43% dos votos, segundo pesquisa da empresa IPR Marketing para o jornal "La Repubblica".

De acordo com o levantamento, o Partido Democrata (PD), o principal da oposição, aparece em segundo lugar com entre 27% e 31% da preferência do eleitorado.

Na Espanha, o conservador Partido Popular (PP), o principal da oposição no país, venceu com 42,03% dos votos, contra o governamental Partido Socialista (PSOE), que obteve 38,66%, segundo dados oficiais. Após 88,49% das urnas apuradas na Espanha, o PP obtém 23 cadeiras na câmara europeia, enquanto que o PSOE fica com 21 deputados.

Por fim, na Polônia, o partido liberal Plataforma Cidadã (PO), liderado pelo primeiro-ministro do país, Donald Tusk, deve conquistar uma ampla vitória, de acordo com uma pesquisa divulgada pela rede pública de televisão "TVP".

O PO tem 54,4% dos votos, enquanto o Partido Camponês (PS), que forma coalizão de Governo com os liberais, aparece só na quarta posição, com 6%.

Sobre o Parlamento

Desde as primeiras eleições diretas similares, realizadas em 1979, os poderes do bloco europeu não pararam de crescer. Agora, mais de 375 milhões de pessoas dos 27 Estados-membros da UE poderão escolher, para mandato de cinco anos, seus 736 representantes. O Parlamento Europeu encarna a soberania popular em escala continental, embora seja ainda desconhecido para a grande maioria. Nos últimos anos, o poder e a influência dos eurodeputados cresceram constantemente, com sucessivos tratados e reformas apresentados.

O Parlamento Europeu tem sua sede oficial em Estrasburgo (França), cidade que durante séculos foi disputada de forma sangrenta por franceses e alemães. A Eurocâmara divide sua atividade também entre dois outros centros de trabalho, situados a várias centenas de quilômetros de Estrasburgo: Bruxelas e Luxemburgo.

Na cidade francesa é realizada a maior parte das sessões plenárias - pelo menos 12 ao ano. Em Bruxelas, se reúnem as comissões parlamentares e os chamados "miniplenários". E em Luxemburgo estão estabelecidos os serviços administrativos da instituição. O órgão trabalha nas 23 línguas oficiais da UE, com 800 a mil intérpretes sendo necessários para cada sessão plenária. Um terço das despesas totais do Parlamento tem relação direta com necessidades de tradução.

Na instituição, os deputados não se reúnem por nacionalidades, mas por afinidade ideológica. Atualmente existem sete grupos políticos no Parlamento Europeu, além dos deputados independentes. Os principais blocos são Partido Popular Europeu-Democratas Europeus (PPE-DE); Partido Socialista Europeu (PSE); Aliança Liberal-Democrata para a Europa (Alde); União para a Europa das Nações (UEN, de caráter soberanista); e Verdes-Aliança Livre Europeia (Verdes-ALE).

O Tratado de Lisboa ampliará ainda mais as áreas nas quais o Parlamento poderá legislar em pé de igualdade com o Conselho Europeu, instituição realmente decisória e composta por ministros e representantes dos 27 Governos que formam a UE. O novo tratado foi assinado em dezembro de 2007 mas ainda está pendente de ratificação.

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