terça-feira, 21 de julho de 2009

Lieberman no Brasil: Israel, Genocídio e... Serra. [Update]

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Lieberman está no Brasil, poluindo e envenenando nosso ar e, obviamente, não poderia deixar de se encontrar com nosso amado e querido governador, José Serra. Salvas as diferenças de amplitude, é o genocida Israelense que manda tanques contra Palestinos desarmados e pacíficos encontrando o canalha paulista que envia a PM contra estudantes desarmados e pacíficos.
"No encontro reservado com o governador, Lieberman fez uma apresentação da visão israelense a respeito dos conflitos do Oriente Médio. O ex-ministro de Relações Exteriores Celso Lafer, atual presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), participou da reunião e relata: "Ele fez uma exposição da visão dele, sobre a dicotomia entre extremistas e moderados."

A conversa, que durou 1h15, foi preenchida também com intenções por parte do governo de São Paulo de firmar cooperações na área de tecnologia, agricultura, saneamento e pesquisa. Serra falou a Lieberman sobre a experiência dos medicamentos genéricos no País. Participaram do encontro o secretário paulista de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, e o presidente da Companhia de Saneamento e Abastecimento do Estado (Sabesp), Gesner de Oliveira."

Passando por cima do encontro vergonhoso, do crime que é ter tal figura no país e até da completa falta de respeito e decência em não dar entrevista (se você é um hóspede - indesejado - não cai bem ainda ser ingrato com quem ainda tenta dar algum ar de respeitabilidade), resta notar que é preciso reforçar a imagem do boicote contra Israel e impedir qualquer tipo de acordo, seja de cooperação, seja comercial ou ainda qualquer coisa que não seja meramente mandar o Serra na bagagem do Lieberman quando este for, finalmente, para o inferno, ops, Israel.

No mesmo dia da visita desafortunada de Lieberman, o que vemos nos jornais? Israel invadindo, espancando, desrespeitando e matando. É uma constante.

Apenas hoje sabemos que Israel invadiu o Líbano, desrespeitando não só a lei internacional mas também a soberania do país:

"Israel continua invadindo o território libanês, seja de modo direto por via terrestre, marítima ou aérea, ou indireto, através das redes de espionagem no território"Michel Suleiman, presidente do Líbano

O fato curioso é que Israel não vê qualquer problema em atentar contra a Soberania do Líbano, mas sobe nas tamancas quando a questão é a sua soberania, ou melhor, a soberania que acha ter e não tem, não passa de desrespeito e prepotência.

Falo sobre Jerusalém Oriental e, obviamente, sobre a Cisjordânia. Em ambos os casos Israel ataca qualquer crítico de suas colônias ilegais e também de sua política de limpeza étnica em Jerusalém Oriental com a expulsão de Árabes da região. Em ambos os casos há o desrespeito completo aos Palestinos que residem nas regiões e são, por direito, donas dos lugares, invadidos e profanados pelo exército genocida de Israel.

Ainda sobre as colônias é emblemática a ação dos colonos criminosos que há dois dias queima plantações de oliveiras dos Palestinos no entorno das colônias ilegais e, claro, o ex´percito de ocupação sempre chega atrasado. Na hora de matar crianças e mulheres estão sempre pontualmente presentes.

Já em Gaza, o exército genocida continua a invadir e ferir (quando não, matar) a população Palestina sitiada, colocada em um campo de concentração. Nada sai, só a morte entra. Nestas horas não vemos a palavra "Soberania" - imaginem a palavra "respeito" ou, muito menos "direitos humanos" na boca dos Israelenses.

Para Israel, "construir" em Jerusalém Oriental - Construir, aqui, é eufemismo para expulsar árabes, limpeza étnica e abusos - é um direito! Assim como o é o de invadir países alheios, saquear e matar.

Voltando à visita do criminoso Lieberman, dois fatos sobressaem:

Primeiro o completo blackout midiático. Quando era Ahmadinejad o visitante a imprensa não tardou em acusar, xingar, ameaçar e "noticiar" absurdos, protestos contra Ahmadinejad foram encenados, gritos de repúdio e etc. Agora, nem uma palavra sequer. Poucos souberam antes do dia ou do dia anterior à visita da chegada do Genocida.

Segundo, a tentativa dos poucos em torno da grande mídia (o velho PIG) de tentar tornar irrelevante a visita, de tentar colocar panos quentes. Oras, a visita de Ahmadinejad era caso de polícia, mas a de um genocida não é nada, é normal, até irrelevante?

De onde vem os dois pesos e duas medidas?

Onde está a mídia toda poderosa para questionar as razões da visita de Lieberman? Onde está a mídia para questionar o genocida sobre o relatório divulgado pela ONG "Quebrando o Silêncio" sobre as práticas assassinas de Israel em Gaza? Porque o PIG se limita a dizer que "não há problemas", "é irrelevante", sem no entanto questionar as razões da vinda desta figura nefasta, as consequências e tudo mais?

Ah, só para constar, com Lieberman veio ainda a deputada do Kadima Ruhama Balila, mais uma das corruptas da região. Talvez fazer par com os nossos milhares. Aliás, amanhã, em Brasília, ela se sentirá em casa.

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A Mídia escolheu seu lado e, definitivamente, demonstrou o fato consumado. Para ela a visita do genocida não é problema, na verdade, é até boa. Uma maneira a mais de atacar o PT e demonstrar que o partido está "rachado".

A mídia condena a posição de Valter Pomar e de parte do PT de repudiar a visita de Lieberman e chama as acusações corretas destes de "ataque", como se fosse algo fora do normal, exagerado, incorreto.

As acusações do Pomar, na verdade, são até brandas, mas são alguma coisa frente ao vergonhoso silêncio da presidência do PT e de demais partidos, do vergonhoso fato de que Lula receberá o genocida e, finalmente, do silêncio vergonhoso da mídia que não hesitou em fazer campanha contra Ahmadinejad mas, sem dúvida alguma, aplaude a chegada de Lieberman.

Por fim, é sempre bom lembrar que Anti-Sionismo NÃO é Antissemitismo: Link.


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