No Irã, a terça parece mais tranquila. Mousavi continua exigindo a anulação das eleições, sem sucesso até agora.
Neste momento a maior preocupação é com as centenas, talvez milhares de presos políticos, muitos torturados, nas prisões do Irã. A Amnistia Internacional lançou comunicado demonstrando sua preocupação com as possíveis torturas a que estão sendo submetidos os presos, muitos para forçar uma "confissão" que será usada contra eles nos tribunais marciais que estão sendo montados. O mesmo fez a International Campaign for Human Riths in Iran que exige a soltura dos presos políticos.
A HRW denuncia as invasões e intimidações noturnas patrocinadas pela Milícia Basij, que invadem casas, espancam indivíduos e aterrorizam os iranianos durante a noite.
"While most of the world's attention is focused on the beatings in the streets of Iran during the day, the Basijis are carrying out brutal raids on people's apartments during the night," said Sarah Leah Whitson, Middle East director at Human Rights Watch. "Witnesses are telling us that the Basijis are trashing entire streets and even neighborhoods as well as individual homes trying to stop the nightly rooftop protest chants."
Os jovens iranianos estão desesperançados, alguns querem sair do país e outros temem um aumento da repressão e a instauração de uma ditadura.
""What difference was the council going to make?" one young woman asked a group of depressed-looking friends. No one offered an answer. Instead, people listed colleagues who have been arrested since the election."Why would they bring him in?" one man said of a journalist who was picked up in recent days. "I don't care if I am next," another man said defiantly. "What will they do to me?"
The uncertainty of the future dominated the conversation in the smoke-filled room. Some talked about spending time in the countryside. Others were thinking of leaving Iran altogether.
"There is no future here for independent-thinking, cultured people," the writer said. "Things are going to change very rapidly from now on, for the worse.""
Uma declaração do Aiatolá Seyyed Jalaleddin Taheri-Esfahani demonstra o racha nas altas hierarquias islâmicas do país ao demonstrar seu apóio ao Mousavi:
Tehran Iranian Labor News Agency in Persian on June 30, 2009 carried a report quoting a statement issued the same day by Esfahan's former Friday prayer leader, Ayatollah Seyyed Jalaleddin Taheri-Esfahani, in support of the defeated presidential candidate, Mirhoseyn Mousavi.
The agency said the senior cleric had condemned "making instrumental use" of the Islamic founder's remarks. In his statement, he asks: "Is it a case of justice to see that an honorable and modest Seyyed [one who is a descendant of the household of the prophet, Muhammad] who until the last moments of Khomeini's life, had been a dear and close companion of that grand leader, is now considered to be a rioter and an agent of arrogance who must be punished?"
Foto que demonstra a fraude nas cédulas eleitorais, do HuffPost. Os nomes grafados são curiosamente iguais, a mesma grafia:
Neste momento fica a dúvida: Será que o movimento contra Ahmadinejad, os protestos, darão algum resultado além de mais repressão, torturas, prisões e morte?
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Em Honduras a situação continua extremamente delicada.
Os protestos não param na capital, Tegucigalpa, e são violentamente reprimidos pela polícia e pelo exército:
"Las fuerzas militares ordenadas por el gobierno de facto de Honduras, continúan reprimiendo a los movimientos sociales, que se encuentran en las calles de diversas localidades del país para pedir el regreso del presidente Manuel Zelaya, secuestrado el pasado domingo y llevado a Costa Rica.
Así lo informó Rafael Ramírez, uno de los asistentes a la marcha que llevan a cabo los movimientos sociales en San Pedro Sula (al oeste del país), quien detalló en contacto telefónico con teleSUR, que los golpistas han cerrado las vías en esa localidad para evitar que los manifestantes se congreguen en esta marcha pacífica.
"Tenemos tomada las carretera hacia Tegucigalpa. A pesar de que este gobierno de facto nos tiene incomunicados, vamos hacia una avanzada masiva, para hacer respetar la democracia, con esta manifestación que ha partido desde Santa Bárbara (noroeste) hasta Tegucigalpa (sureste)", enfatizó."
Na ONU, Zelaya recebeu apoio incondicional. Foi aprovado por aclamação o projeto de resolução condenando o Golpe de Estado em Honduras.
La Asamblea General de Naciones Unidas (ONU) aprobó este martes por aclamación el proyecto de resolución a través del cual Honduras solicitó la condena contra el golpe de Estado que ha interrumpido el orden democrático de este país, así como el legítimo ejercicio de este poder.
Zelaya, caso volte ao país, como deseja, foi ameaçado de prisão pelo líder golpista Micheletti:
"El presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti, advirtió este domingo al presidente legítimo de la nación, Manuel Zelaya que en caso de que regrese al país los tribunales de justicia "tienen una orden de captura contra él".
En una entrevista con medios colombianos, Micheletti dijo que la orden de captura contra Zelaya es consecuencia de "los delitos" que cometió por su "interés de continuar en el Gobierno o por la actitud prepotente con que él había asumido los últimos meses de Gobierno".
"Los tribunales de justicia de mi país tienen orden de captura contra él porque ha incumplido con las leyes y entonces el Congreso se basó en eso", dijo el presidente del Congreso."
Vale notar o apoio que os EUA estãodando à Zelaya e à restauração da democracia, indo na contramão do que o país histricamente sempre fez e defendeu. Obama, ao menos, dá um passo à frente na questão das intervenções e golpes patrocinados pelos EUA.
Zelaya não voltará só a Honduras. Junto dele irão a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e o Secretário Geral da OEA. Desta maneira tentarão barrar qualquer tentativa de prisão, como anunciado pelo golpista Micheletti.
La presidenta de Argentina, Cristina Fernández, y los máximos responsables de la Organización de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, y de la Asamblea General de la ONU, Miguel D'Escoto, planean acompañar al depuesto presidente hondureño, Manuel Zelaya, en su anunciado viaje de regreso, previsto el jueves. No se descarta que en las próximas horas se sumen más líderes a la comitiva, aseguran fuentes argentinas.
A Rádio Mundial da Venezuela denuncia o aumento da repressão contra os meios de comunicação.
Assim como no Irã, as equipes de TV estão proibidas de sair às ruas ou de cobrir as manifestações a favor de Zelaya, enquanto os meios cooptados pelos Militares ou oficiais apenas mostram as manifestações de apoio ao golpe.
"Espra Amado López, presidente del canal 26 de Honduras, informó que se están superando las 48 horas de presencia militar en el canal, que aún no ha sido liberado.
En contacto telefónico con Telesur relató que el domingo pasado a las 5.30 am, hombres fuertemente armados entraron al canal.
Hasta el momento no le han comunicado la situación actual del canal. Aseguró que no hay forma de recibir información, porque según la televisión local no hay manifestaciones ni tanquetas, solo hay "buena música y noticias del deporte".Amado López informó que el equipo del canal no puede entrar a las instalaciones, no puede sacar sus cámaras a la calles y que él mismo se encuentra en la clandestinidad ya que existe la orden para detenerlo.
Aseguró que el canal está absolutamente militarizado, sin permitir y reprimiendo el ejercicio de la prensa libre.
López contó que su hijo, productor del canal, está retenido dentro del canal."
Hoje, ao menos 6 mil pessoas marcharam no centro de Tegucigalpa em defesa de Zelaya.
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Update:
Chávez finalmente colocou os pingos nos "i's", ou pelo menos fez a retórica avançar com um pouco mais de corpo. A possibilidade d eintervenção militar da ONU seria uma solução, algo mais palpável que o mero "repúdio" internacional. A pressão funciona em parte, o isolamento idem, porém neste meio tempo a população local sofre, é morte e tem seus direitos humanos violados.
- A comunidade Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) estará atenta nas próximas horas, porque em um cenário de agressão contra a delegação que for a Honduras abriria outro tipo de porta. Então haveria que colocar, por exemplo, a intervenção militar das Nações Unidas - disse Chávez segundo comunicado da presidência.
- Não sou partidário desta medida, mas a lanço como uma hipótese. Uma resolução das Nações Unidas ou da OEA, uma força política, diplomática, com segurança militar internacional, teria que pensar nisso - disse em Managua antes de retornar a Caracas.
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