A coisa começou há algum tempo mas desde o golpe em Honduras e dos protestos no Irã que a coisa vem se tornando insustentávl, chegando ao auge na edição desta semana, a edição 2072.
Comecei a me enfezar realmente com a edição 2055, de abril, com a ladra da dona da Daslu na capa e o seguinte texto: "Exagero ou justiça?". Simplesmente um absurdo. A criminosa deveria pegar prisão perpétua, isso sequer está em discussão. Sim, roubar, fraudar, corromper é crime e tão punível quanto o assassinato pois, se muitos chegam à situação de desespero de matar é porque foram obrigados por sua condição social, condição esta que em muito se deve à corrupção, à desvios de dinheiro feitos por gente como a larápia da Eliana Tranchesi.
Mas, relevei, deixei passar e meses depois meu ódio foi novamente trazido à tona com as constantes capas que me faziam crer que a revista se tratava de algum periódico de auto-ajuda e não uma revista semanal séria. Matérias sobre peso, inveja, sexo e outras babaquices tomavam conta da revista. Eu já estava esperando as fofocas de atrizes globais para completar!
O estopim, então, veio durante os protestos no Irã e o golpe em Honduras. Nenhuma capa.
Matérias xoxas, fracas, superficiais sobre o ocorrido, que denotavam o desinteresse da revista em noticiar e informar. Com o Irã pegando fogo, capas sobre a queda do avião da Air France - esta até desculpável - mas também capas sobre "Inveja", "Crises da Idade" e "Peso", ou seja, auto-ajuda da mais rasteira e inútil.
Quanto à Honduras, matérias ainda mais fracas e tendenciosas, mal escritas, superficiais e isto quando a revista sequer se dignava a "perder" uma ou duas linhas sobre a questão!
Na revista desta semana, pasmem, em meio à tentativa de Zelaya de voltar ao poder, na fronteira com a Nicarágua, repressão, assassinatos e torturas contra ativistas em Honduas e nem uma, nem uma mísera linha, matéria ou nota de rodapé sobre o país. A Istoé resolveu simplesmente ignorar completamente a existência do país e do conflito, ao invés disso dedicou sua capa à algo tão importante quando "Os perigos da ansiedade" e páginas e mais páginas de dicas sobre casamento e saúde.
Só poder ser brincadeira! Será que não existe meio de processar a revista/editora por ter pego meu dinheiro da assinatura para escrever tanta inutilidade? Ou estou lendo a Tititi por engano?
Desde a malfadada capa com a criminosa Tranchesi podemos contar 7 capas com teor de Auto-Ajuda, uma sobre o relevante tema "Ovnis" (sim, isto foi irônico)! É intolerável!
Uma capa em particular, sobre "A sociedade secreta dos novos nazistas brasileiros" chama à atenção. A matéria foi uma das mais mal escritas e ridículas que eu já tive o desprazer de ler. A revista tentava fazer soar crível e assustadores os planos de um grupelho neonazista tupiniquim com sonhos de grandeza que fariam até um recém-nascido se mijar de rir. Este é o nível das "reportagens" da revista?
O interior é mais lamentável ainda, matérias rasas sobre assuntos que realmente interessam e longas discussões sobre futilidades em geral, o velho blablablá do PIG sobre Sarney, Lula e etc e quase nada sobre o mundo, sobre o que realmente importa e acontece.
O PIG é oito ou oitenta, ou é como a Veja e diz com todas as letras apoiar o golpe em Honduras e tudo mais que pode ser repudiado no mundo e no país, ou adota a posição da Istoé, se omite.
O PIG, enfim, ou chuta o balde categoricamente ou, como faz a Istoé, concorda por omissão, por desinteresse, por sequer considerar relevante.
Este país não é sério, o jornalismo é tão pueril e pobre que chegamos ao ponto do conservador Finantial Times chamar o Estadão de... Conservador!
Diz o Rodrigo Vianna:
"O mais divertido é ver o conservador Financial Times chamar o “Estadão” de conservador. Para os britânicos, Aqui no Brasil, ninguém (fora a TFP) assume que é conservador."A mídia brasileira é tão tosca, tão descaradamente pelega e retrógrada que recebe "elogios" até de fora, seu conservadorismo burro é notado até pelos que lêem de fora do país. É lamentável!
Veja com seus Reinaldo Azevedos e figuras carnavalescas como Diogo Mainardi e a defesa da extrema-direta, Istoé com sua omissão estúpida, Estadão com seu conservadorismo mal-disfarçado, Folha com suas capas forjadas... Esta é a imprensa brasileira, este é o nosso PIG!
O PHA é que está correto:
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista."