quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Presa a Mesa Nacional do Batasuna: A ETA avança!

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Mais um duro golpe contra a paz no País Basco. A "justiça" espanhola leva às últimas consequências a máxima de que com repressão haverá paz. Não haverá. Repressão apenas cria mais ódio e mais ressentimento.

A série de abusos contra a Esquerda Abertzale vê seu mais novo capítulo, a prisão de vários membros da Mesa Nacional do Batasuna, que foi criminosamente ilegalizada há alguns anos.
La policía entró en la sede sindical sobre las 18.30. Poco después de las nueve de la noche, los cinco detenidos fueron conducidos en coche a la subdelegación del Gobierno, antes de ser trasladados a Madrid. Un grupo de unas 50 personas que se concentró en la puerta del sindicato lanzó diversos gritos de apoyo a los detenidos, como "Jo ta ke, irabazi arte" (sin parar, hasta la victoria). Otegi sonrió a sus simpatizantes.
Arnaldo Otegi (porta-voz do Batasuna), Miren Zabaleta (filha do líder do Aralar, Patxi Zabaleta), Rafa Díez Usabiaga (ex-líder do sindicato LAB), Sonia Jacinto (ex-tesoureira do ilegalizado PCTV-EHAK), Rufino Etxebarria (líder histórico Abertzale), Arkaitz Rodríguez (absolvido em 2006 da acusação de ser membro da ETA), Jose Manuel Serra, Amaia Esnal e José Luis Moreno Sagüés foram presos em diferentes cidades do País Basco acusados de tentar reconstruir o Batasuna, partido político que chegou a representar mais de 20% da população Basca (como Batasuna, Euskal Herritarrok e Herri Batasuna) por mais de 20 anos e hoje encontra-se criminosamente ilegalizado pelas forças espanholistas e pela justiça fascista nacional.

O Batasuna foi ilegalizado em 17 de março de 2003 pela Corte Suprema espanhola - "justiça" espanhola legislando sobre o PAís Basco, um crime em si - com base na Lei de Partidos criada em 2002 exatamente com o objetivo de perseguir, ilegalizar e condenar a Esuqerda Nacionalista (Abertzale).

Impressiona que em um país que se diz democrático - embora não seja e nem pareça uma democracia - uma lei é criada com o objetivo específico de condenar ao limbo, à cadeia, uma parcela significativa da população de uma região.
"La detención ayer de 8 militantes abertzales es grave, muy grave. Se une a una larga lista de actuaciones graves que tienen como objetivo la perpetuación del marco político. Le tienen miedo al cambio, le tienen miedo a que la Izquierda Abertzale proponga nuevas iniciativas. Le tienen miedo a la mayoría de Euskal Herria. Le tienen miedo a lo que este pueblo es capaz de hacer cuando hay ilusión.

Pero la izquierda abertzale no pasará a la clandestinidad, ni dejará de ofrecer alternativas sociales y abertzales para este pueblo. La izquierda abertzale no dejará de luchar por una solución justa y democrática para Euskal Herria. Una solución que vendrá del reconocimiento a los derechos de este pueblo. La izquierda abertzale ha venido defendiendo en los últimos tiempos la necesidad de idear una estrategia política eficaz para recuperar los derechos que como pueblo nos pertenecen. En ello estamos y en ello seguiremos, pese lo que le pese a algunos."
Não é o primeiro nem será o último ataque da Espanha à nacionalidade Basca. Não basta a tortura, as humilhações e a ilegalização, o objetivo é calar, seja pelo assassinato (vide o caso de Jon Anza) ou pela prisão arbitrária, a voz nacionalista, a voz da liberdade dos povos.

Ainhoa Etxaide, secretaria general de LAB, declaró ayer que "la operación está dirigida por Garzón, que sólo sabe irrumpir en el mapa político vasco a través de la represión, y es una operación contra la izquierda abertzale y su estrategia de dar pasos para el cambio político en Euskal Herria".
A cusação de Garzón, conhecido juiz midiático, afeito às demonstrações públicas e prisões espetaculares, com um ego maior do que pode suportar, é ridícula, para dizer o mínimo. Este acusa os líderes Abertzales de tentar formar um partido político, "Bateragune (Ponto de Encontro)", para tentar levar de volta a Esquerda Abertzale à política Basca, ou seja, para permitir que a população Basca tenha acesso à pseudo-dmmocracia Espanhola e possa lutar pelo fim de sua situação colonial.
Para Garzón, isto é um crime.


Todo este movimento tem o objetivo - dizem - de derrotar a ETA. Confunde-se todo Abertzale e o Abertzalismo com a ETA e ainda, obviamente, fortalece a ETA ao dar ainda mais munição ao grupo em seus ataques contra a falta de democracia no Estado Espanhol.

"Rafa Díez, el propio Rufi Etxeberria, que se sabe de su posición política, Arnaldo Otegi y hasta siete más, que una es la hija de Patxi Zabaleta. Pues si se sabe que todas estas personas están apostando por esas vías políticas, es evidente que no están pidiendo ingresar en ETA para seguir en la lucha armada, sino todo lo contrario".
Por ello, Joseba Egibar considera que, "quien actúa de esta manera, no quiere la desaparición de ETA, y eso es lo que concluye mucha gente".

Joseba Egibar, do PNV, deixa tudo mais claro, na verdade diz apenas o óbvio. Os lideres do Batasuna buscam a via política para solucionar o conflito e são impedidos, apenas os espanhóis dão mais munição à ETA.

A situação é clara, aumenta a repressão, aumenta o respaldo político e moral da ETA. Não adianta exigir seu fim sem que, porém, existam condições e garantias.
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