Entrará em vigor uma nova ordem militar Israelense que considera como "infiltrados" todo e qualquer palestino que viva na Cisjordânia e não tenha uma permissão israelense válida.
O que seria esta "permissão" ninguém sabe.
Basicamente TODO e QUALQUER Palestino pode ser preso por anos a fio sem qualquer acusação - na verdade isto já acontece, apenas será institucionalizado - e, pior, poderá ser expulso da Cisjordânia apenas pela vontade de Israel em expulsá-lo.
A medida, inicialmente, visa expulsar estrangeiros e àqueles Palestinos que não tenham nascido na Cisjordânia mas morem por lá. Enfim, uma forma de limpar o terreno para preparar o genocídio final.
Em um documento, as ONGs exortaram o Ministério da Defesa a atrasar a entrada em vigor do ordem, que transformará todos os moradores da Cisjordânia em potenciais criminosos que podem ser aprisionados até sete anos ou deportados desse território.Gaza é um Campo de Concentração que não deixa nada a dever aos campos criados por Hitler. Mas não satisfeita em apenas torturar e matar a população de Gaza, Israel agora deu mais um passo na sua luta para eliminar da terra qualquer resquício Palestino. O genocídio continua e o mundo parece não se importar.
Destinada a impedir as infiltrações no território ocupado, a ordem define todos os residentes palestinos desse território como "infiltrados".
"As ordens mudam a definição de infiltrados, e de fato, se aplicam a todo o que se encontre na Cisjordânia e não tenha uma permissão israelense, embora não defina o que Israel considera como permissão válida", declaram.
A ONG acrescenta que a grande maioria dos habitantes da Cisjordânia, onde moram 2,5 milhões de habitantes, nunca se lhes requererá nenhum tipo de permissão para morar ali.
As organizações denunciam que a atual política será empregada inicialmente com os palestinos que se encontram na Cisjordânia e que Israel quer transferir para a Faixa de Gaza, apesar do fato de que muitos deles nasceram na Cisjordânia ou se assentaram ali de forma legal.
Também tenta expulsar estrangeiros casados com palestinos da Cisjordânia que estão no exterior, situação que afeta dezenas de milhares pessoas.
"Em todo caso, a definição de infiltrado expõe o indivíduo a penas de entre três e sete anos de prisão e poderia a princípio ser aplicada a qualquer pessoa que o Exército considere, incluindo israelenses e internacionais que estejam presentes na Cisjordânia", assegura o comunicado.
O objetivo agora é limpar a Cisjordânia, transferindo os indesejados para Gaza, para o Campo de Concentração à céu aberto.
Da mesma maneira que os sul-africanos negros foram removidos de suas casas e cidades para guetos, Israel repete o governo supremacista do Apartheid e "limpa" o terreno expulsando os indesejados - seres inferiores dentro do ideário que faria Hitler bater palmas.
A África do Sul criou Bantustões, territórios isolados onde os negros eram mantidos presos, como gado. Israel faz o mesmo. Isola Gaza e remove - ou tenta remover - a população local das áreas para as quais quer se expandir e os joga em guetos, em Bantustões.
A diferença entre a África do Sul e Israel não está na ideologia neonazista, na idéia de eliminação dos inferiores, na expulsão nem no modus operandi típico de humilhações diárias, assassinatos, perseguição... A diferença está apenas na resposta internacional.
Uma nova ordem militar de Israel permitirá capturar e deportar todo palestino residente no território ocupado da Cisjordânia que não tenha uma "permissão" emitida pelas autoridades israelenses, denunciaram ONGs locais neste domingo (11/4). A nova ordem entrará em vigor na próxima terça-feira (13/4) e sua redação é tão genérica que, teoricamente, permitirá ao exército israelense deportar todos os habitantes palestinos da Cisjordânia, afirmam as ONGs israelenses Hamoked e o Centro para a Defesa do Indivíduo.Enquanto a África do Sul foi isolada - suas seleções nacionais sequer podiam jogar com outras, havia um embargo internacional para pressionar pelo fim do regime segregacionista - Israel continua posando de inocente, continua fingindo ser um Estado decente, um Estado que tem condições morais de se relacionar com outros.
Israel, pela conivência dos EUA e outros aliados, e valendo-se da memória do Holocausto - o qual reproduz com fiel semelhança ao mesmo tempo em que estupra a memória dos mortos -, permanece intransigente, certo de sua segurança enquanto lança bravatas, se diz democrática e mata, humilha, tortura, prende e arrasa com o povo Palestino.
Israel é um Estado Genocida e talvez seja tarde demais para o povo palestino quando o mundo abrir os olhos.