No início do protesto um começo de tumulto quando dois PM's, alegando querer nos dar segurança e aparentemente desconhecendo nosso direito de nos reunirmos livremente, exigiu falar com alguma liderança - que não havia, o movimento era plural e sem líderes identificáveis - e, com a negativa, exigiu o RG de uma militante que, obviamente, se recusou a entregar e foi ameaçada de prisão.
Com a chegada do vereador Jamil Murad as coisas se acalmaram e ele falou como líder para que a PM se afastasse.
Foi um ato pequeno mas cheio de significado. Pelo menos algumas poucas pessoas mostraram seu desagrado, seu repúdio e deixaram claro que não tolerarão mais agressões.
Espero que o protesto de sexta tenha mais representatividade e seja muito maior. É simplesmente vergonhoso que, contando o tamanho do Brasil e de São Paulo, não consigamos reunir nem bem 100 pessoas para protestar contra um genocídio. Na internet, a convocatória do protesto foi imensa, mas isto nunca se reproduz nas ruas. Às vezes dá vergonha ver o quão pouco o povo demonstra sua raiva, sai às ruas e reivindica direitos - seus ou de outros.
Pelo mundo milhares se reuniram, centenas até mesmo nos EUA! E aqui? Silêncio mortal.
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Carta minha publicada na Folha de 02 de junho (hoje):
Israel é um Estado terrorista.---------------------
Suas Forças Armadas praticaram um ato de pirataria de fazer inveja aos somalis.
E o seu embaixador no Brasil, Giora Becher, ainda tem coragem de acusar os ativistas dos direitos humanos de premeditar e violentar com facas os pobres soldados das forças especiais armados até os dentes? O que vimos foi mais um capítulo do genocídio patrocinado por Israel.
Nos barcos civis, uma sobrevivente do Holocausto e uma Prêmio Nobel da Paz. Todos terroristas para Israel.
RAPHAEL TSAVKKO GARCIA (São Paulo, SP)