"É um repúdio contra a ação de Israel, que foi uma ação desleal contra pessoas que estavam tentando ajudar quem está com grandes problemas e grandes necessidades na faixa de Gaza", disse Magali Vaz, tecnóloga em radiologia médica e representante do Movimento Revolucionário de Ação Islâmica da Mesquita Brasil, presente ao ato.Os discursos foram carregados de Emoção e diversas entidades estavam presentes para apoiar a manifestação. MOPAT, Mov. Revolucionário de Ação Islâmica da Mesquita Brasil, União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI), PSOL, PCdoB, LER-QI (a vergonha-alheia da manifestação), PT, Partido Pátria Livre (MR-8), dentre outros.
El Rafei [da UNI] condenou o ataque de Israel ao navio. “O território não é deles [dos israelenses] e nem dos pais deles. O território é palestino. Eles [os israelenses] montaram o país deles sob os destroços dos palestinos. E todo o mundo confirma que os ativistas ainda estavam em águas internacionais. Eles [o exército israelense] sequestraram os navios e levaram para Israel”.
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Em Foz do Iguaçu também houveram protestos em apóio à Palestina.
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Por volta das 15 horas começou a formar-se uma aglomeração no MAPS à medida em que mais e mais pessoas se reuniam e cartazes eram espalhados pelo chão com mensagens que iam desde o apóio à Palestina até o repúdio à Israel e alguns com imagens extremamente desconcertantes da violência Sionista e genocida contra o povo Palestino.
Logo no início, antes dos discursos de sindicatos, organizações e partidos, houve o chamado para a reza, um momento de silêncio absoluto enquanto um dos sheiks cantava ao microfone.
“Este é o momento da comunidade internacional pressionar seus governos contra as atitudes de Israel. Em 2006, 1500 palestinos morreram nos ataques a Gaza. Agora, atiraram contra uma missão de ajuda humanitária internacional. Israel não consegue mais esconder seus crimes”, disse o palestino Hasan Zarif, do Movimento Palestina para Todos (MOPAT).
Sem dúvida alguma o sofrimento da Palestina é algo que emociona profundamente a comunidade e emocionou todos os presentes. O sofrimento contínuo deste povo nas mãos dos genocidas israelenses é imenso e a situação insustentável. Enquanto a comunidade internacional mantém seu teatrinho na ONU, enquanto o Brasil apresenta palavras duras de condenação, Israel permanece inabalável. As palavras contra si são duras, mas não se configuram em ações, em real isolamento.
O Brasil não renuncia ao Tratado de Livre Comércio com Israel, a ONU não suspende ou expulsa Israel da organização, os países Europeus se limitam a criticar e os EUA continuam a simplesmente apoiar e rafirmar o direito de Israel de massacrar civis, crianças, mulheres...
“Esperamos que o governo brasileiro no mínimo congele as relações com Israel, e tenha uma atitude mais enérgica para forçar o país a acabar com o bloqueio em Gaza”, explica Mohamed Sami El kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo. “As relações devem ser congeladas até que Israel sente à mesa para negociar a criação do Estado Palestino”, acrescenta.
Apenas o Boicote, o isolamento internacional, a transformação de Israel em pária mundial é que talvez alguma coisa mude e que o povo Palestino consiga finalmente recuperar sua dignidade.
O ponto alto foi a queima da bandeira Nazi-Sionista, não antes que esta fosse devidamente pisoteada e tratada com o respeito que merece, como a representação da crueldade, do genocídio e do nazismo nos dias de hoje.