sábado, 5 de junho de 2010

Protesto Contra Israel em São Paulo - Fotos e Vídeos #Flotilla

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Cerca de 300 manifestantes convocados pela Frente de Defesa do Povo Palestino se reuniram no MASP na sexta, dia 4 de junho, para protestar contra Israel, contra o Bloqueio de Gaza e para apoiar a Flotilha da Liberdade. O protesto durou cerca de 3 horas e foi recheado de discursos inflamados e emocionados, chegando ao fim logo após a queima da bandeira Nazi-Sionista de Israel.


"É um repúdio contra a ação de Israel, que foi uma ação desleal contra pessoas que estavam tentando ajudar quem está com grandes problemas e grandes necessidades na faixa de Gaza", disse Magali Vaz, tecnóloga em radiologia médica e representante do Movimento Revolucionário de Ação Islâmica da Mesquita Brasil, presente ao ato.
Os discursos foram carregados de Emoção e diversas entidades estavam presentes para apoiar a manifestação. MOPAT, Mov. Revolucionário de Ação Islâmica da Mesquita Brasil, União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI), PSOL, PCdoB, LER-QI (a vergonha-alheia da manifestação), PT, Partido Pátria Livre (MR-8), dentre outros.
El Rafei [da UNI] condenou o ataque de Israel ao navio. “O território não é deles [dos israelenses] e nem dos pais deles. O território é palestino. Eles [os israelenses] montaram o país deles sob os destroços dos palestinos. E todo o mundo confirma que os ativistas ainda estavam em águas internacionais. Eles [o exército israelense] sequestraram os navios e levaram para Israel”.


Dezenas de cartazes foram levados, bandeiras da Palestina podiam ser vistas em todos os espaços, centenas de panfletos foram distribuídos e a comunidade muçulmana esteve presente junto aos mais diversos militantes.

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Em Foz do Iguaçu também houveram protestos em apóio à Palestina.
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Por volta das 15 horas começou a formar-se uma aglomeração no MAPS à medida em que mais e mais pessoas se reuniam e cartazes eram espalhados pelo chão com mensagens que iam desde o apóio à Palestina até o repúdio à Israel e alguns com imagens extremamente desconcertantes da violência Sionista e genocida contra o povo Palestino.

Logo no início, antes dos discursos de sindicatos, organizações e partidos, houve o chamado para a reza, um momento de silêncio absoluto enquanto um dos sheiks cantava ao microfone.
“Este é o momento da comunidade internacional pressionar seus governos contra as atitudes de Israel. Em 2006, 1500 palestinos morreram nos ataques a Gaza. Agora, atiraram contra uma missão de ajuda humanitária internacional. Israel não consegue mais esconder seus crimes”, disse o palestino Hasan Zarif, do Movimento Palestina para Todos (MOPAT).


Uma das lideranças da comunidade muçulmana fez um discurso emocionante logo após o fim da reza. Enquanto chorava, agradecia aos brasileiros pelo apóio e repudiava as ações de Israel, pedindo ao mundo que boicotasse o Estado Sionista e libertasse o povo palestino de seu sofrimento ininterrupto.

Sem dúvida alguma o sofrimento da Palestina é algo que emociona profundamente a comunidade e emocionou todos os presentes. O sofrimento contínuo deste povo nas mãos dos genocidas israelenses é imenso e a situação insustentável. Enquanto a comunidade internacional mantém seu teatrinho na ONU, enquanto o Brasil apresenta palavras duras de condenação, Israel permanece inabalável. As palavras contra si são duras, mas não se configuram em ações, em real isolamento.

O Brasil não renuncia ao Tratado de Livre Comércio com Israel, a ONU não suspende ou expulsa Israel da organização, os países Europeus se limitam a criticar e os EUA continuam a simplesmente apoiar e rafirmar o direito de Israel de massacrar civis, crianças, mulheres...
“Esperamos que o governo brasileiro no mínimo congele as relações com Israel, e tenha uma atitude mais enérgica para forçar o país a acabar com o bloqueio em Gaza”, explica Mohamed Sami El kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo. “As relações devem ser congeladas até que Israel sente à mesa para negociar a criação do Estado Palestino”, acrescenta.


Atos como os de São Paulo se repetiram em todo o mundo, em todos os continentes. Infelizmente, o povo repudia, mas os Estados, seus governos, fazem pouco caso. A resolução aprovada na ONU é digna de risos. Seria engraçada, se não fosse simplesmente lamentável. Condenar "atos", usar mais e mais palavras pomposas mas vazias não resolverá qualquer conflito. Sequer uma investigação independente do ataque à Flotilha da Liberdade parece factível. É preciso, antes de mais nada, que os países Árabes - em especial o Egito - deixem de ser cúmplices do massacre e parem de usar o povo Palestino como escudo quando lhes interessa e passem a real e efetivamente apoiar o povo palestino.

Apenas o Boicote, o isolamento internacional, a transformação de Israel em pária mundial é que talvez alguma coisa mude e que o povo Palestino consiga finalmente recuperar sua dignidade.


De volta ao protesto, além dos discursos inflamados, foram proferidos gritos em defesa da Palestina e, para a vergonha alheia da manifestação, o grupelho da LER-QI resolveu cantar louvores à Revolução e contra Lula, no que foram vaiados por muitos ou simplesmente ignorados - atitude mais correta quando se está em uma manifestação plural e unificada e alguém resolve trazer assuntos não relacionados. Sejamos francos, o protesto era contra Israel e não pelo Socialismo e muito menos contra o governo Lula nos termos colocados pelo grupo que acusava o Brasil de genocídio no Haiti. Crianças inconsequentes que, felizmente, não causaram danos pois foram ignorados pela ampla maioria.

O ponto alto foi a queima da bandeira Nazi-Sionista, não antes que esta fosse devidamente pisoteada e tratada com o respeito que merece, como a representação da crueldade, do genocídio e do nazismo nos dias de hoje.
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Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Hugo Albuquerque disse...

Pois é, positivo que alguém se manifeste contra esse absurdo, muito embora, nessa polêmica, eu discorde da classificação de Israel como nazista, tratam-se de fenômenos que se tocam, mas não se confundem: Israel não é nazista, isto é, cientificamente, ele não pode ser enquadrado como tal, o que não o impede de ser um Estado fora-da-lei e com um potencial - e ânimo - mortífero inacreditável - penso que essa espécie de afirmação só fortalece os ideólogos do regime sionista, pois cria um clima de "o mundo contra os judeus", o debate, inclusive, é muito mais embaixo, falamos de como o capitalismo contemporâneo pode produzir anomalias bélicas como essas, não que os israelenses repetem necessariamente a sistemática nazista, o que acaba mexendo com os brios de judeus contra e a favor do regime (justificadamente) bem como nubla a própria crítica que deve ser feita, no plano superestrutural pelo menos, que se direciona ao idealismo sionista. Ademais, fica registrado a LER-QI protagonizando o momento vergonha alheia pela enésima vez - a ilação governo Lula + Haiti = Genocídio é demais para a minha cabeça ;-)

um abraço

Provos Brasil disse...

Salve!

Ótimo post!

É bom que fica bem claro que aqui estamos a favor da Liberdade da Palestina!

Provos Brasil

Anônimo disse...

esta guerra enriquece os ricos e empobrecem ainda mais os pobres. o proletariado é vitima tanto do opressor como dos pseudo- mocinhos(revolucionarios) de merda

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