sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A "Temporalidade" do Terrorismo - Coluna semanal no Diário Liberdade

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Décima-sétima coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".

A "Temporalidade" do Terrorismo

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Vista do lado dos povos agredidos, esta agressão e pi­lhagem do campo imperialista surge em toda a sua bes­tialidade, como uma ameaça à sua própria sobrevi­vência. Para eles, as novas guerras coloniais do século XXI são uma nova fase, ampliada, das velhas invasões co­loniais. Ampliada por um potencial destrutivo e por uma capacidade de estrangulamento económico cem vezes maior que no passado.
A guerrilha, o chamado "terrorismo", reacção ao ter­ror quotidiano sofrido pelas populações agredidas, é a resposta que está ao alcance das vítimas: fustigar o ocu­pante, mesmo à custa de terríveis sacrifícios huma­nos, até acabar por tornar a ocupação insustentável ou demasiado cara e forçá-lo à retirada. É o que se de­senha já no Iraque, é o que virá a seguir no Afega­nistão. (Francisco Martins Rodrigues, online, 2010)


É interessante observar, ao longo do tempo, quais grupos, ou mesmo Estados, foram em determinada época considerados terroristas e deixaram de sê-lo, ou mesmo quando grupos passaram a ser assim chamados apenas quando deixaram de ser politicamente interessantes aos que dão as cartas no cenário internacional. Outro caso também digno de nota é o daqueles grupos que encontram ainda ampla legitimidade e não são unanimemente condenados.


O primeiro caso pode ser ilustrado magistralmente pelos grupos de libertação nacional (queira eles efetivamente se encaixem na definição ou não), como a FLN ou os grupos que lutaram pela criação de Israel (que não se encaixam na definição de libertação nacional, mas são assim considerados por seus aliados). 

São grupos que foram em determinada época considerados terroristas por parte ou pela totalidade dos atores internacionais presentes nas Nações Unidas e que, ao chegarem ao poder, foram posteriormente retirados da lista e aceitos como membros efetivos do cenário internacional, em pé de igualdade com os demais Estados.

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Artigo COMPLETO no Diário Liberdade.

"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
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"Defenderei
a casa de meu pai"
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