A "Temporalidade" do Terrorismo
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Vista do lado dos povos agredidos,
esta agressão e pilhagem do campo imperialista surge em toda a sua bestialidade,
como uma ameaça à sua própria sobrevivência. Para eles, as novas guerras
coloniais do século XXI são uma nova fase, ampliada, das velhas invasões coloniais.
Ampliada por um potencial destrutivo e por uma capacidade de estrangulamento
económico cem vezes maior que no passado.
A guerrilha, o chamado
"terrorismo", reacção ao terror quotidiano sofrido pelas populações
agredidas, é a resposta que está ao alcance das vítimas: fustigar o ocupante,
mesmo à custa de terríveis sacrifícios humanos, até acabar por tornar a
ocupação insustentável ou demasiado cara e forçá-lo à retirada. É o que se desenha
já no Iraque, é o que virá a seguir no Afeganistão. (Francisco Martins
Rodrigues, online, 2010)
É
interessante observar, ao longo do tempo, quais grupos, ou mesmo Estados, foram
em determinada época considerados terroristas e deixaram de sê-lo, ou mesmo
quando grupos passaram a ser assim chamados apenas quando deixaram de ser
politicamente interessantes aos que dão as cartas no cenário internacional.
Outro caso também digno de nota é o daqueles grupos que encontram ainda ampla
legitimidade e não são unanimemente condenados.
O
primeiro caso pode ser ilustrado magistralmente pelos grupos de libertação
nacional (queira eles efetivamente se encaixem na definição ou não), como a FLN
ou os grupos que lutaram pela criação de Israel (que não se encaixam na
definição de libertação nacional, mas são assim considerados por seus aliados).
São grupos que foram em determinada época considerados terroristas por parte ou pela totalidade dos atores internacionais presentes nas Nações Unidas e que, ao chegarem ao poder, foram posteriormente retirados da lista e aceitos como membros efetivos do cenário internacional, em pé de igualdade com os demais Estados.
São grupos que foram em determinada época considerados terroristas por parte ou pela totalidade dos atores internacionais presentes nas Nações Unidas e que, ao chegarem ao poder, foram posteriormente retirados da lista e aceitos como membros efetivos do cenário internacional, em pé de igualdade com os demais Estados.
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