Presentes no ato, representantes de partidos majoritários que ainda mantém resquícios de uma militância de esquerda, como PT, PCdoB e PSB, além do partido que nasceu para ter cargos, o PPL (antigo MR8-PMDB e sustentação de Ana de Hollanda no MinC) e organizações subordinadas ao PCdoB, como a Cebrapaz, além dos pelegos da CUT, CTB e UNE. Digna de nota a presença do MST/Via Campesina, que bem sabe o que significa lutar por terra e a Marcha Mundial das Mulheres, important eorganização feminista.
Além de todos estes, esteve presente o Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.
O PSOL, o MOP@T e outras organizações de esquerda enviaram notas e mesmo representantes, mas não se somaram ao comitê. E a razão é simples (ao menos uma das principais), o comitê defende claramente uma solução de dois Estados para a Palestina, um convívio supostamente pacífico entre Palestinos e Israelenses, entre opressores genocidas e ladrões de terra e o povo oprimido e tratado como lixo.
Já o MOP@T, além de outras organizações, defendem um único Estado. Palestino. Além disso, entendem que o mero reconhecimento por parte das Nações Unidas, mesmo criando um fato político, não é suficiente para solucionar nem uma ínfima parte dos problemas causados pelo genocídio NaziSionista:
Mesmo no caso da ONU reconhecer o Estado palestino como membro, isso significará não a criação de fato de um Estado palestino, mas apenas o seu reconhecimento nominal. Daí para a conquista de um Estado palestino livre, democrático e soberano, há uma enorme distância, que dificilmente será vencida por meios diplomáticos. A própria ONU até hoje tem se limitado a condenar formalmente alguns dos crimes cometidos por Israel, sem, contudo, adotar qualquer sanção ou medida visando proteger o povo palestino das sucessivas agressões israelenses.Um caso típico e exemplar é a construção do Muro da Vergonha e dos assentamentos israelenses, condenados pela ONU, mas que prosseguem, sem que seja tomada qualquer medida.Além disso, é preciso deixar claro que não se trata de um "conflito" a ser mediado e solucionado através de negociações. A nossa luta e a luta do povo palestino são pela liberdade, pelo direito à autodeterminação, pela restauração de seus direitos básicos, como o direito dos palestinos expulsos pelos israelenses em 1948 de retornarem aos seus lares e retomarem as propriedades usurpadas.Não é possível falar de paz justa enquanto permanecer um Estado fundamentado na doutrina sionista, financiado e armado ostensivamente pelo imperialismo estadunidense.O simples reconhecimento formal do Estado palestino como membro da ONU não garantirá nenhuma dessas premissas fundamentais e inegociáveis.A luta pela libertação do povo palestino passa pela luta contra o imperialismo e o Estado terrorista de Israel, pela solidariedade às lutas dos povos árabes. Não é possível apoiar o povo palestino e reconhecer a legitimidade do Estadosionista.
Apesar das discordâncias - que também são minhas -, o ato do dia 20 de setembro contará com a participação de todas as organizações que assinaram o manifesto e também com as que não assinaram.
O primeiro vídeo contém a leitura do manifesto feita pelo Emir Mourad, da FEPAL que também lê carta enviada por Lula a Mahmoud Abbas, da OLP, no segundo vídeo. O terceiro vídeo consiste na leitura de dois pemas do poeta palestino Mahmoud Darwish pelo professor Paulo Farah, enquanto o vídeo 4 consiste na intervenção de Marcelo Buzetto do MST/Via Campesina e o 5 de representante da MMM. O último vídeo é o discurso de encerramento feito pelo Embaixador da Palestina no Brasil.