quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vídeos da formação do Comitê pelo Estado Palestino Já!

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Estive  na segunda, dia 29 de agosto, no Sindicato dos Engenheiros, para acompanhar a formação do Comitê pelo Estado da Palestina Já e para o lançamento do site do movimento (www.palestinaja.com.br e www.palestinaja.org.br) e de um vídeo de campanha pelo reconhecimento da Palestina enquanto Estado pelo Conselho de Segurança e Assembléia Geral da ONU em 20 de setembro.

Foi também divulgada, no dia, a data de 20 de setembro para um protesto multitudinário em São Paulo, na Praça Ramos, em defesa do Estado Palestino.

Presentes no ato, representantes de partidos majoritários que ainda mantém resquícios de uma militância de esquerda, como PT, PCdoB e PSB, além do partido que nasceu para ter cargos, o PPL (antigo MR8-PMDB e sustentação de Ana de Hollanda no MinC) e organizações subordinadas ao PCdoB, como a Cebrapaz, além dos pelegos da CUT, CTB e UNE. Digna de nota a presença do MST/Via Campesina, que bem sabe o que significa lutar por terra e a Marcha Mundial das Mulheres, important eorganização feminista.

Além de todos estes, esteve presente o Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.

O PSOL, o MOP@T e outras organizações de esquerda enviaram notas e mesmo representantes, mas não se somaram ao comitê. E a razão é simples (ao menos uma das principais), o comitê defende claramente uma solução de dois Estados para a Palestina, um convívio supostamente pacífico entre Palestinos e Israelenses, entre opressores genocidas e ladrões de terra e o povo oprimido e tratado como lixo.

Já o MOP@T, além de outras organizações, defendem um único Estado. Palestino. Além disso, entendem que o mero reconhecimento por parte das Nações Unidas, mesmo criando um fato político, não é suficiente para solucionar nem uma ínfima parte dos problemas causados pelo genocídio NaziSionista:
Mesmo no caso da ONU reconhecer o Estado palestino como membro, isso significará não a criação de fato de um Estado palestino, mas apenas o seu reconhecimento nominal. Daí para a conquista de um Estado palestino livre, democrático e soberano, há uma enorme distância, que dificilmente será vencida por meios diplomáticos. A própria ONU até hoje tem se limitado a condenar formalmente alguns dos crimes cometidos por Israel, sem, contudo, adotar qualquer sanção ou medida visando proteger o povo palestino das sucessivas agressões israelenses. 
Um caso típico e exemplar é a construção do Muro da Vergonha e dos assentamentos israelenses, condenados pela ONU, mas que prosseguem, sem que seja tomada qualquer medida. 
Além disso, é preciso deixar claro que não se trata de um "conflito" a ser mediado e solucionado através de negociações. A nossa luta e a luta do povo palestino são pela liberdade, pelo direito à autodeterminação, pela restauração de seus direitos básicos, como o direito dos palestinos expulsos pelos israelenses em 1948 de retornarem aos seus lares e retomarem as propriedades usurpadas.
Não é possível falar de paz justa enquanto permanecer um Estado fundamentado na doutrina sionista, financiado e armado ostensivamente pelo imperialismo estadunidense. 
O simples reconhecimento formal do Estado palestino como membro da ONU não garantirá nenhuma dessas premissas fundamentais e inegociáveis.
A luta pela libertação do povo palestino passa pela luta contra o imperialismo e o Estado terrorista de Israel, pela solidariedade às lutas dos povos árabes. Não é possível apoiar o povo palestino e reconhecer a legitimidade do Estadosionista.
Apesar das discordâncias - que também são minhas -, o ato do dia 20 de setembro contará com a participação de todas as organizações que assinaram o manifesto e também com as que não assinaram. 

Segue os vídeos:

O primeiro vídeo contém a leitura do manifesto feita pelo Emir Mourad, da FEPAL que também lê carta enviada por Lula a Mahmoud Abbas, da OLP, no segundo vídeo. O terceiro vídeo consiste na leitura de dois pemas do poeta palestino Mahmoud Darwish pelo professor Paulo Farah, enquanto o vídeo 4 consiste na intervenção de Marcelo Buzetto do MST/Via Campesina e o 5 de representante da MMM. O último vídeo é o discurso de encerramento feito pelo Embaixador da Palestina no Brasil.
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