Chapa 1: APS/CSOL/ENLACE/REVOLUTAS/TLS/Rosa do Povo/Independentes 182 votos
Chapa 2: CST/CSR/Bloco de Resistência Socialista/Trotskystas 36 votos (Corrigido: 38 votos)
Chapa 3: MES/MTL/Independentes do Rio 156 votos (Corrigido: 152 votos)
Aprox. 374 votantes (Corrigido: 372 votos)
Os números podem oscilar algo em torno de 10 para mais ou para menos pois não anotei na hora, só alguns minutos depois, já com os números embaralhados, mas o resultado está correto.
-- A Folha SP confirma 372 os votantes, próximo do número que eu me lembrava --
Apesar da chapa 1 ter obtido a maioria dos votos, houve a opção da chapa em indicar o nome de Heloísa Helena para a presidência do partido, por entender que como principal figura pública do PSOL, a companheira é a que tem melhores condições de representar o partido.Vitória da Chapa 1, que formará a nova direção e, em uma demonstração de solidariedade e uma tentativa de manter a unidade, a chapa abriu mão da indicação do/a presidente do partido, que continuará a ser a Heloísa Helena.
O último ponto da pauta do congresso, a eleição da direção, terminou com a derrota da chapa apoiada por ela e encabeçada pela deputada Luciana Genro (PSOL-RS). Venceu a chapa liderada pelo deputado federal Ivan Valente (SP), que teve o apoio do deputado estadual Raul Marcelo (SP) e do senador José Nery (PA).Agora espera-se uma reunião da nova direção - na verdade a divulgação de todos os nomes que ocuparão os principais cargos do partido - para saber como se dará o processo de escolha da nova ou novo candidato à presidência do Brasil pelo PSOL.
Pelos posicionamentos do último dia, a contar por cada tendência, a Heloísa Helena tem tímida vantagem sobre o Plínio de Arruda Sampaio.
E, quanto à indicação, podemos ver dois cenários.
1º cenário:
HH sai candidata a presidente. Não se elegerá mas trará muitos votos para si (vale lembrar que Marina e cia, uma possível candidatura do Ciro Gomes ou Cristovam Buarque podem pulverizar os votos). Mas, a sua cadeira quase garantida ao Senado se perderá. O PSOL sai sem grandes representações no legislativo para ter visibilidade nacional. Para um partidoquase que xclusivamente eleitoral, não é uma boa opção.
2º cenário:
Plínio sai candidato à presidência. Não terá votação surpreendente, por mai ue seja um quadro incrível, não tem muita força nacional. Mas sua maneira de falar, jeito calmo e etc podem ajudar a apagar a imagem de "radical" do partido. Não que a imagem seja ruim, o problema é que a "Classe Mérdia" não acha "cool".
Heloísa não esconde que tem entre as possibilidades a serem analisadas a candidatura ao Senado por Alagoas. Nesse caso, uma hipótese é lançar o advogado Plínio de Arruda Sampaio à Presidência da República.Mas, em contrapartida, o PSOL assegura uma vaga no Senado, para a Heloísa. O partido teria, então, uma de suas mais combativas e verborrágicas militantes onde deveria estar. Com presença e espaço e pronta para denunciar as falcatruas dos demais senadores e as mazelas do parlamento.
O deputado estadual Raul Marcelo (PSOL-SP) lançou nesta sexta-feira o nome do economista Plínio de Arruda Sampaio à Presidência da República pelo PSOL. A candidatura porém, ainda precisa ser aprovada pelo congresso nacional do partido que acontece até domingo em São Paulo.Se o PSOL não terá tanta visibilidade nacional, terá presença forte no senado. Acho eu que é justo.
A decisão final sobre quem será o candidato ou candidata sairá em Outubro.
- Qualquer candidatura do PSOL tem como sentido principal a denúncia do que consideramos ser uma farsa: Dois candidatos dizendo a mesma coisa. Entre Serra e Dilma não há a menor diferença. Plínio de Arruda SampaioO saldo final do congresso foi positivo. Se existe um sectarismo grande, é fato que ainda existe muito espaço para crescer, para criar e construir, mas a unidade é urgente e necessária. Novas demonstrações do MES ou de outras correntes de intolerância e repúdio ao diálogo podem, porém, pôr tudo a perder. Repito, o PSOL não é ainda um partido, senão uma federação de pequenos grupos antagônicos e este ponto deve ser objeto de ampla discussão, aberta e franca, sob a pena de implosão do partido.
Vale mais uma palavra sobre o personalismo. A defesa de Heloísa Helena chegou à tal ponto que as discussões sérias, sobre idéias, foram abandonadas. Falou-se que ela iria ser sempre a presidente, a candidata, que ela era a personificação do partido. Alguém lembra que outro partido teve eternamente esta atitude? E, no fim, quando finalmente venceu, deu no que deu.
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Quanto à Marina silva, ao menos no primeiro e terceiro dias o nome dela foi apenas superficialmente tocado. Se não me engano um ou outro militante da APS mencionou que era preciso desmascarar a Marina enquanto parte do PV. Ao que parece, não há qualquer intenção da nova direção de se aliar ao PV, seja de que maneira for.
Uma excelente notícia ou indicativo.
É o problema sério do personalismo. O partido decide uma coisa, a Heloísa Helena ou outro simplesmente discorda publicamente, sem qualquer respeito pela unidade."Eu não aceito ser obrigada a não respeitar Marina Silva nas minhas declarações públicas. Isso gera um dissenso partidário. O partido deve construir o seu programa, apresentar as alternativas concretas para o Brasil e só então discutir qual o melhor quadro partidário para representar esse projeto", disse Heloísa à saída do congresso.
"Eu tenho a dizer que Marina Silva é uma das mais valorosas militantes que a esquerda já produziu. E eu não vou aceitar que queiram me proibir de dar essas declarações públicas." A declaração de Heloísa choca-se com o deliberado pelos delegados do PSOL, para os quais a possível candidatura de Marina "não representa a esquerda socialista e democrática".
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As teses debatidas no Congresso:
TESE 1 - Possibilidades do PSOL nos desafios por um Novo Brasil
TESE 2 - PSOL na luta com os trabalhadores para construir o socialismo!
TESE 3 - Em defesa do PSOL democrático, classista e de combate
TESE 4 - Colocar o socialismo na ordem do dia!
TESE 5 - Uma alternativa popular, ecológica e socialista para o Brasil
TESE 6 - Novos tempos para o PSOL
TESE 7 - Postular o PSOL como alternativa para disputar influência de massas
TESE 8 - Um partido militante para um Brasil dos trabalhadores e socialista
TESE 9 - Construir o poder popular em direção ao socialismo e à liberdade
Contribuição - Formação, articulação e lutas: Os desafios do PSOL perante a fragmentação da esquerda socialista
Contribuição - Por um partido em que a base tenha voz e vez!
Contribuição - Romper a cortina de fumaça: A necessidade de um debate amplo e sem preconceitos sobre a questão das drogas
Contribuição - O presente é de luta, o futuro é da gente!