sexta-feira, 26 de junho de 2009

Irã: A Sexta-Feira

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Hoje podemos enxergar mais claramente que há um racha entre os Aiatolás. Ao menos agora, a coisa está mais aparente, é difícil conseguir esconder que os lados não andam conversando e que estão se formando publicamente campos ou polos opostos.

O The Atlantic dá um bom exemplo, um discurso do Aiatolá Ahmad Khatami exigindo a pena de morte para os líderes dos protestos (a considerar pelos "tribunais especiais" que serão criados no Irã e do carniceiro como promotor...) e, do outro lado, a fala do Aiatolá Nasser Makarem-Shirazi que pede uma "reconciliação nacional", segundo Juan Cole, seria uma clara afronta ao Aiatolá ALi Khamenei, que diz que não há qualquer fraude, qualquer problema, Ahmadinejad ganhou, ponto final.

In his prayers sermon this morning, Ayatollah Ahmad Khatami (no relation to former president Mohammad Khatami) demanded the death penalty for demonstration leaders, "without mercy." Juan Cole reacts:

This call is a new and dangerous turn, since Supreme Leader Ali Khamenei had praised the opposition leaders and simply urged them to accept the official results. Ahmad Khatami is close to the hard line faction of President Mahmoud Ahmadinejad, and is surely voicing the sentiments of the worst of the Basij and Revolutionary Guards elements who have attacked the protesters.

On the other hand, in a statement released yesterday, Ayatollah Nasser Makarem-Shirazi urges "national conciliation." Cole again:

This statement is significant because it constitutes a clear rejection of the stance of Supreme Leader Ali Khamenei, who has declared the issue settled. You would not need practical reconciliation if the issue was settled.
A declaração de Ahmad Khatami:
'I call on the judiciary for a decisive confrontation with the leaders of these illegal demonstrations and ask for capital punishment against them without any mercy,' Ayatollah Ahmad Khatami

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Hoje foi um dia de colorir os céus, milhares de Iranianos soltaram balões verdes em dezenas de cidades para exigir a anulação da eleição e homenagear os mortos.


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Joan Baez cantando "We Shall Overcome" com pedaços em Farsi, em homenagem ao Irã.




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O The Angry Arab traz uma constatação curiosa, mostrando que a história pode se repetir...

Em 79 os Comunistas acreditaram em Khomeini, que os discurso islâmico e radical era apenas retórica. Foram presos, torturados, seu líder foi executado e muitos morreram. Hoje, Mousavi tem o mesmo discurso. Resta saber o que é realmente retórica.
Progressive supporters of Mousavi in Iran keep telling me to ignore the Islamist rhetoric Of Mousavi and his invocation of the teachings of Khomeini and his calls for Allahu Akbar chants. They say that he only does that for political purposes. Back in 1978-79, the Iranian Communist Party made the same argument about Khomeini--until they were arrested and their leader executed.
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