quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Movimento Estudantil Ocupa, a PM Ameaça e Agride

Pin It
É quase sempre na base da ação e reação: Os estudantes se mobilizam e a PM desce o cacete.

Comandados por Alckmin e Kassab, dão uma 'lição" aos estudantes universitários. Gente despreparada, violenta, criminosa com armas na mão e pseudo-autoridade que lhes foi dada por uma elite corrupta com a única intenção de "controlar" as classes mais baixas ou aqueles que desviem do padrão normativo desta elite, ou seja, qualquer um que seja preto, pobre, favelado ou mesmo branco, ams que resolva contestar a ordem vigente.


Será que impressiona que o ÚNICO negro no local tenha sido o alvo do ataque do PM, que saca a arma brevemente para ameaçá-lo?

Nada em comum com a paixão que a PM tem por agredir e matar negros? Será apenas uma coincidência que o PM, cercado de estudantes brancos, caminhe agressivamente em direção ao único negro no local, possivelmente duvidando que um negro - "estes inferiores"! - seja estudante da USP e não apenas mais um "provocador" no lugar errado?

Não se pode deduzir mais nada. Em meio a alunos brancos, possivelmente de classe média, o PM teve a necessidade de colocar pra fora todo o seu ódio insensato contra a humanidade. Mirou o negro, perguntou "delicadamente" se era aluno da USP - local onde negros não deveriam frequentar, segundo pensamento da figura fardada - mandou mostrar a carteiria e, diante da justa recusa, sacou sua arma para mostrar quem mandava ali.



Toda a ação poderia ter transcorrido em qualquer favela de São Paulo ou do Brasil, com a PM invadindo um espaço que não lhe pertence, à mando de forças conservadoras para ensinar aos "desviantes" seu lugar, e agredindo o primeiro negro que encontra. Por se tratar da USP, ficaram só no negro e não o mataram ou deixaram irreconhecível depois de uma surra, mas fica a lição.

Ocupação militar na USP apoiada pela classe mérdia paulista segue a toda, fazendo vítimas... Quanto falta para a primeira morte? Será que a PM irá se valer do famigerado "auto de resistência" quando aparecer o priemiro estudante assassinado com tiro na nuca?


O nome de um dos PM's é [Rafael Ribeiro]Fazolin (como é possível ouvir no vídeo) e tem que ser denunciado à corregedoria e expulso da PM (segundo informações, foi afastado, junto com o sargento Wellington Venezian, o agressor do vídeo).

Mas isso só não resolve. É preciso ABOLIR essa instituição mafiosa e criminosa. Polícia só CIVIL e TREINADA. Hoje, polícia serve apenas para garantir a propriedade dos ricos e matar os pobres.

Sobre a razão inicial para o "confronto", termo consagrado pela mídia para mostrar civis desarmados sendo agredidos pela polícia, nada mais simples: Estudantes do Diretório Central dos Estudantes da USP resolveram retomar o espaço que deveria ser do DCE.

Em outras palavras, os legítimos donos do espaço foram reivindicá-lo após serem expulsos. E foram agredidos.

E segue.

Como se pode ver, lugar de PM não é na USP, aliás, não é em lugar algum, pois onde há PM, há crime. E não porque a PM vai ao local do crime para combatê-lo, mas sim porque a PM é a grande responsável por cometer crimes. Raros são os assaltos, grandes crimes, em que não há ao menos um PM envolvido.

É preciso notar, porém, que a questão não pode se restringir apenas ao tema do racismo, tampouco à USP. É um problemam uito maior, que é o de otoridades "autoridades" sem um pingo de treinamento e capacidade, armadas, andando livremente pelas ruas e fazendo o que bem entende.

No momento em que a PM agride estudantes no campus - outra vez e mais uma vez -, "limpa" a Cracolândia, servindo como mão-de-obra higienista a Kassab e Alckmin. É também a mesma PM que reagiu com violência em outros momentos, dentro da USP. É a mesma PM que, nas favelas, mata qualquer um que se coloque em seu caminho, normalmente atirando na nuca ou pelas costas. É a mesma PM de chacinas incontáveis, assassinos de crianças e jovens.

É a mesma PM que, enfim, mata.

Não fosse na USP, o rapaz negro não teria "apenas" sido agredido, mas provavelmente teria aparecido em uma vala, desfigurado.

Urge o fim desta instituição criminosa e a substituição por uma polícia puramente civil, bem treinada e livre de bandidos - ao menos dentro do possível.

Salários decentes, treinamento voltado não para vigiar e punir, mas para educar e proteger. Treinada para salvar vidas e não para tirá-las e, acima de tudo, treinada para servir ao povo e não aos poderosos, como um aparelho unicamente repressor e garantidor das posses da elite.
------