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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Censura Enquanto Politicamente Correto

Vigésima-quinta coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".

Censura Enquanto Politicamente Correto

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A censura por termos é sempre burra.

E o usuário pode aprender a driblá-la.

Também existe muito spam que circula em nome de causas humanistas - entendo a preocupação dos caras em tentar filtrar isso.

Sob a bandeira da "proteção do usuário", muitas comunidades sociais - Orkut, Facebook, Twitter, etc - proíbem o uso de um ou outro termo a partir de uma suposta inteligência coletiva, ou seja, através das denúncias dos usuários da rede e da coleta de dados baseadas em palavras-chave.

O Google, aliás, através de sua noção de "relevância", por vezes é vítima (ou nós é que somos?) das chamadas "google bombs", uma falha facilmente verificável no sistema da empresa que deixa supostamente nas mãos dos usuários a escolha dos melhores e mais importantes termos pesquisados (ou pesquisáveis). Obviamente nunca saberemos também quais termos são mero reflexo de sua relevância e quais são discretamente patrocinados, mas isto não vem ao caso.

Ha alguns dias, por exemplo, meu blog saiu do ar por cerca de duas horas. Ainda não entendi o que aconteceu, mas suspeito que meu blog possa ter sido denunciado ao Google - ainda que não descarte a possibilidade de ataque hacker - e, então suspenso. Logo reverti o problema, mas casos de censura contra blogs do blogspot não são raros. Basta que um bom número de pessoas denuncie o blog e a tal "inteligência coletiva" acaba por servir como instrumento de censura. Nada mais que política barata.

O que dizer de outros casos de censura, como contra a página do WikiLeaks ou da Greve de 29 de Setembro?
A página "29 de setembro: Promoveremos a greve geral do primeiro mundo" foi removido juntamente com os links em outros sites, grupos e perfis com as suas observações, sem deixar vestígios. O motivo fornecido pelos fabricantes do Facebook foi: "O grupo leva à violência e não respeitar as regras do Facebook." O que está claro é que esta página muitas pessoas desconfortáveis. A boa notícia é que esse ataque à liberdade de expressão é uma afirmação sobre a idéia que defendeu o site é totalmente correta, por isso nem sequer ter tido conhecimento e tentaram silenciá-la.

As acusações são simplesmente lastimáveis. Contra a Greve, a de que esta levaria à violência. Qual? Violência é o que sofrem os trabalhadores, explorados pelo patrão. Violência é a exploração da massa trabalhadora e não o movimento para se impor contra o capitalismo selvagem.


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Artigo COMPLETO no Diário Liberdade.

"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
...
"Defenderei
a casa de meu pai"

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Coluna Semanal no Diário Liberdade - Censura Enquanto Politicamente Correto e Instrumento da Ignorância


Terceira coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".

Censura Enquanto Politicamente Correto e Instrumento da Ignorância

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O comentário de André Egg em meu post Facebook proíbe o termo "Palestinian" e responde o porque, me fez refletir e chegar até este post, questionando a idéia do "politicamente correto" enquanto ferramenta válida para a censura. E, mais ainda, o uso de uma suposta inteligência coletiva para o mesmo fim.
Uma vez eu li uma notícia de um juiz argentino não ter considerado racismo um vizinho xingar o outro de "judeu fliho da puta". Tuitei o termo assim mesmo, e meu tweet foi apagado pelo sistema. Um amigo (judeu) retuitou meu link curto usando o termo "ofensas anti-semitas" - o tweet dele passou. A censura por termos é sempre burra. E o usuário pode aprender a driblá-la. Também existe muito spam que circula em nome de causas humanistas - entendo a preocupação dos caras em tentar filtrar isso. 
Sob a bandeira da "proteção do usuário", muitas comunidades sociais - Orkut, Facebook, Twitter, etc - proíbem o uso de um ou outro termo a partir de uma suposta inteligência coletiva, ou seja, através das denúncias dos usuários da rede e da coleta de dados baseadas em palavras-chave.

O Google, aliás, através de sua noção de "relevância", por vezes é vítima (ou nós é que somos?) das chamadas "google bombs", uma falha facilmente verificável no sistema da empresa que deixa supostamente nas mãos dos usuários a escolha dos melhores e mais importantes termos pesquisados (ou pesquisáveis). Obviamente nunca saberemos também quais termos são mero reflexo de sua relevância e quais são discretamente patrocinados, mas isto não vem ao caso.
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Artigo completo no Diário Liberdade.
"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
...
"Defenderei
a casa de meu pai"
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segunda-feira, 15 de março de 2010

Vídeos da reunião da Rede de comunicadores em apoio à Ref. Agrária


No dia 11 de março tivemos a primeira reunião da Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, com a presença de João Petro Stédile, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Renato Rovai, Altamiro Borges e outros blogueiros, ativistas e militantes da liberdade na rede, da internet livre e da reforma agrária.

Reunião bastante produtiva, com auditório cheio para uma quinta-feira às 7 da noite... E, o mais importante, muitos pontos debatidos, colocados em pauta e já algumas resoluções aprovadas.


Stédile discursa na reunião da Rede de Comunicadores em Agrária from Raphael Tsavkko on Vimeo.

João Pedro Stédile discursa dando publicidade à luta do MST e dos movimentos do campo analisando as contradições do capital e a mídia na luta por terra.

A idéia central da reunião era a formação de uma rede que deve expandir-se pelo país. Uma rede que deve contar com o apóio dos jornalistas, blogueiros e comunicadores em geral interessados na causa agrária e da justiça social e, claro, outros temas como a defesa do PNDH-3 e da liberdade na rede entraram na pauta.

De concreto ficou a  decisão de se criar um blog para a rede visando disseminar contra-informação ao longo da CPMI contra o MST que terá sua primeira sessão já nesta próxima quarta-feira. Espera-se que o blog comece a funciona já na segunda, sob a direção de Altamiro Borges.


Paulo Henrique Amorim fala sobre a liberdade na rede e a importância desta para os movimentos sociais
Para a rede como um todo e também como divisor de funções do blog ficou decidida a criação de pelo menos 4 GT's e, depois, aveitou-se a possibilidade de mais um GT, proposto pelo MArcelo, do Grupo Tortura Nunca Mais.

Os GT's:

GT1- Responsável por coletar informações sobre grilagem de terra, luta no campo, presos políticos, trabalho escravo e afins. Um GT para pesquisar a história da luta no campo e ter munição para mostrar a situação real e a tual da luta por terra;

GT2- Responsável por coletar informações sobre os membros da CPMI e da bancada ruralista. Denunciar a escória formada por Lorenzoni, Kátia Abreu e cia com argumentos que comprovem o caráter - ou a falta - destes elementos. Municiar o movimento contra aqueles que o atacam, retirar a máscara dos parlamentares anti-MST;

GT3- Responsável por coletar depoimentos (escritos, gravados ou filmados) de personalidades conhecidas em favor do MST, da Via Campesina e da reforma agrária. Trabalho de coleta de dados e depoimentos para mostrar o lado dos lutadores pela reforma agrária;

GT4- Responsável por coletar dados sobre agricultura familiar, casos de sucesso em assentamentos e o lado positivo da Reforma Agrária.

E foi proposto o GT5 que seria responsável por levantar e-mails, contatos e mailings dos movimentos sociais para agilizar a facilitar os contatos entre os diversos movimentos. Fazer a ponte entre os movimentos participantes da rede e integrar com blogs e sites.


Altamiro Borges discursa na reunião da Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária from Raphael Tsavkko on Vimeo.

Altamiro Borges resume a reunião, alenca as propostas e abre o debate.

Todo este processo de construção da Rede deve ter como foco, também, a internet. PHA em sua fala deixou muito clara a importância deste veículo que, hoje, é um dos poucos ou único meio livre de informações.
Outras reuniões devem ser agendadas, desta vez com os GT's que serão formados. Todos que deixaram seus nomes e e-mails nas listas que circularam receberão os informes e, sabendo de qualquer novidade repassarei ao blog para que todos possam saber.

Indo para outro assunto, a INTERCOM, conversei com o Renato Rovai que ficou de me passar mais informações posteriormente e o Rodrigo Vianna me garantiu que os blogueiros terão ampla participação em todo o processo de consolidação da organização. O Estatuto será debatido online e todos faremos parte do processo, sem exclusões. Assim que conseguir mais informações, como sempre, informarei a tod@s @s interessad@s.


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quarta-feira, 10 de março de 2010

Rede de comunicadores em apoio à reforma agrária

Rede de comunicadores
em apoio à reforma agrária

Dia 11 de março, às 19 horas, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Rua Rego Freitas 530 – Sobreloja, reunião para montagem da “rede de comunicadores em apoio à reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais". Participe!


Manifesto:
Denuncie a ofensiva dos setores
conservadores contra a reforma agrária!

Está em curso uma ofensiva conservadora no Brasil contra a reforma agrária, e contra qualquer movimento que combata a desigualdade e a concentração de terra e renda. E você não precisa concordar com tudo que o MST faz para compreender o que está em jogo.

Uma campanha orquestrada foi iniciada por setores da chamada “grande imprensa brasileira” – associados a interesses de latifundiários, grileiros - e parcelas do Poder Judiciário. E chegou rapidamente ao Congresso Nacional, onde uma CPMI foi aberta com o objetivo de constranger aqueles que lutam pela reforma agrária.

A imagem de um trator a derrubar laranjais no interior paulista, numa fazenda grilada, roubada da União, correu o país no fim do ano passado, numa ofensiva organizada. Agricultores miseráveis foram presos, humilhados. Seriam os responsáveis pelo "grave atentado". A polícia trabalhou rápido, produzindo um espetáculo que foi parar nas telas da TV e nas páginas dos jornais. O recado parece ser: quem defende reforma agrária é "bandido", é "marginal". Exemplo claro de “criminalização” dos movimentos sociais.

Quem comanda essa campanha tem dois objetivos: impedir que o governo federal estabeleça novos parâmetros para a reforma agrária (depois de três décadas, o governo planeja rever os “índices de produtividade” que ajudam a determinar quando uma fazenda pode ser desapropriada); e “provar” que os que derrubaram pés de laranja são responsáveis pela “violência no campo”.

Trata-se de grave distorção.

Comparando, seria como se, na África do Sul do Apartheid, um manifestante negro atirasse uma pedra contra a vitrine de uma loja onde só brancos podiam entrar. A mídia sul-africana iniciaria então uma campanha para provar que a fonte de toda a violência não era o regime racista, mas o pobre manifestante que atirou a pedra.

No Brasil, é nesse pé que estamos: a violência no campo não é resultado de injustiças históricas que fortaleceram o latifúndio, mas é causada por quem luta para reduzir essas injustiças. Não faz o menor sentido...

A violência no campo tem um nome: latifúndio. Mas isso você dificilmente vai ver na TV. A violência e a impunidade no campo podem ser traduzidas em números: mais de 1500 agricultores foram assassinados nos últimos 25 anos. Detalhe: levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra que dois terços dos homicídios no campo nem chegam a ser investigados. Mandantes (normalmente grandes fazendeiros) e seus pistoleiros permanecem impunes.

Uma coisa é certa: a reforma agrária interessa ao Brasil. Interessa a todo o povo brasileiro, aos movimentos sociais do campo, aos trabalhadores rurais e ao MST. A reforma agrária interessa também aos que se envergonham com os acampamentos de lona na beira das estradas brasileiras: ali, vive gente expulsa da terra, sem um canto para plantar - nesse país imenso e rico, mas ainda dominado pelo latifúndio.

A reforma agrária interessa, ainda, a quem percebe que a violência urbana se explica – em parte – pelo deslocamento desorganizado de populações que são expulsas da terra e obrigadas a viver em condições medievais, nas periferias das grandes cidades.

Por isso, repetimos: independente de concordarmos ou não com determinadas ações daqueles que vivem anos e anos embaixo da lona preta na beira de estradas, estamos em um momento decisivo e precisamos defender a reforma agrária.

Se você é um democrata, talvez já tenha percebido que os ataques coordenados contra o MST fazem parte de uma ofensiva maior contra qualquer entidade ou cidadão que lutem por democracia e por um Brasil mais justo.

Se você pensa assim, compareça ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, no próximo dia 11 de março, e venha refletir com a gente:

- por que tanto ódio contra quem pede, simplesmente, que a terra seja dividida?

- como reagir a essa campanha infame no Congresso e na mídia?

- como travar a batalha da comunicação, para defender a reforma agrária no Brasil?

É o convite que fazemos a você.

Assinam:

- Altamiro Borges.
- Antonio Biondi.
- Antonio Martins.
- Bia Barbosa.
- Cristina Charão.
- Dênis de Moraes.
- Giuseppe Cocco.
- Hamilton Octavio de Souza.
- Igor Fuser.
- Joaquim Palhares.
- João Brant.
- João Franzin.
- Jonas Valente.
- Jorge Pereira Filho.
- José Arbex Jr.
- José Augusto Camargo.
- Laurindo Lalo Leal Filho
- Luiz Carlos Azenha.
- Renata Mielli.
- Renato Rovai.
- Rita Casaro.
- Rodrigo Savazoni.
- Rodrigo Vianna.
- Sérgio Gomes.
- Vânia Alves.
- Verena Glass.
- Vito Giannotti.

Importante: A proposta é que a rede de comunicadores em apoio à reforma agrária tenha caráter nacional. Esse evento de São Paulo é apenas o início deste processo. Promova lançamentos também em seu estado, participe e convide outros comunicadores para aderirem à rede.
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