Manifestantes se reuniram para homenagear Neda Agha Soltani (1983-2009) e foram recebidos com violência.
Os protestos não dão qualquer sinal de arrefecimento e sim o contrário, a cada morte o ânjimo dos manifestantes se exalta mais e a revolta cresce.
O governo iraniano vem subindo o tom nas acusações de influência estrangeira, algo risível vindo de um governo que financia o Hamas e o Hizbollah, ou seja, que constantemente intervém nos assuntos dos países da região. Apenas um pouco mais de hipocrisia na política internacional.
A oposição vem amadurecendo a idéia de greve geral, o que paralizaria o país, jogaria mais pressão sobre o govenro e evitaria o derramamento de sangue dos jovens nas ruas. Seria uma maneira mais inteligente demonstrar repúdio com menor perigo de banho de sangue.
Os números - oficiais- de presos e mortos é de 457 e 17, respectivamente, porém o Tiago Dória informa que os presos passam de 1500, só na prisão de Evin, no noroeste de Teerã, prisão célebro por receber presos políticos. Ainda segundo o Dória, a tortura é ferramenta constante.
"Outra informação que recebi fala de 50 mortos na província Sistan-Baluchistan. É onde vive a minoria étnica balúchi, que tem um longo histórico de rejeição ao governo central. Lá, foi batalha aberta, com AK-47s. Uma terceira informação é que na província de Shiraz – de onde, diz a lenda, veio a uva que faz o melhor vinho – o exército regular anda demonstrando insatisfação em ter ordens para virar-se contra o povo."Mais informações, no G1, Huffington Post e NY Times.
Da AP:
An acquaintance of her family said Neda worked part-time at a travel agency in Iran and that the government barred the family from holding a public funeral Monday. The acquaintance spoke on condition of anonymity because she feared government reprisal. The Iranian government has banned all public gatherings, though there was no specific information about funerals for those killed in recent clashes.
Although the Iranian government has blocked many Web sites including Facebook and has jammed satellite television signals, the videos of the woman’s death have been circulating inside the country. People have used anti-filtering software to download them. Some Iranians have uploaded the footage to their cell phones and used Bluetooth technology to share it.
The bloody imagery alone could have an important impact on public opinion in Iran, where the idea of martyrdom resonates deeply among a populace steeped in the stories and imagery of Shiite Islam, a faith founded on the idea of self-sacrifice in the cause of justice.
The deaths of protesters during the 1979 Islamic Revolution fueled a cycle of mourning marches that contributed to the overthrow of the U.S.-backed dictator, Shah Reza Pahlavi.
Thousands of people inside and outside Iran have written online tributes to the woman, many condemning the government and praising her as a martyr. Some posted photos of a gently smiling woman they said was Neda, some calling her “Iran’s Joan of Arc.”
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Update:
Um fato curioso, no meio de tanto horror no Irã; Paulo Coelho escreveu em seu blog:
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Update 2:
Do Huffington Post:
Clashes today confirmed in Jaam Jam and Mellat Park - militia used tear gas - shooting heard
Kalame Newspaper attacked by militia and several journalists arrested - #Iranelection2 minutes ago from web
Hospital sources - at least 1000 people injured so far by Gov in the streets against Sea of Green
Hospital sources - as many as 47 killed so far by Gov in the streetsTehran is now alive again with the sound of the people - Allah Akbar - Death to the Dictator
The Combatant Clerics Group has strongly supported Mir Hossein Mousavi - Qom - Today
Mousavi has today had a meeting with several high rank clerics from Qom