Além disso o objetivo principal é situar aqueles que não acompanham o conflito Basco, nos detalhes pouco explorados pela mídia sempre pronta à gritar: "Assassinos!", sem qualquer matização ou discussão mais aprofundada sobre a ETA, o povo Basco e o Estado Espanhol.
Os links levam à postagens maiores ou fontes externas que complementam as breves descrições de cada parte.
-------------------------------
Título I: Ilegalizações, Repressão e tortura em Euskal Herria [Parte 1]
1) Os PeriódicosNão bastassem as ilegalizações, ataques à liberdade de imprensa e de expressão são diários, com o fechamento de jornais diários como o Egunkaria (2003) e o Egin (1998). Não satisfeitos com o fechamento, o governo e a justiça espanhola ainda perseguem anos após os fechamentos, ex-membros da redação e financiadores.
À época do fechamento dos periódicos, jornalistas, editores e redatores foram presos acusados de pertencer à ETA por suas opiniões, por lutarem pela independência de Euskal Herria.
Não surpreende que ambos os jornais tenham sido fechados durante o regime francamente terrorista, mentiroso e opressor de José Maria Aznar. qualquer dúvida sobre a acusação basta uma rápida vista pelos atentados de 11 de março em Madrid: Aznar culpou imediatamente a ETA, buscando deslegitimar a luta do grupo à qualquer custo e visando enterrar o nacionalismo Basco.
No fim, suas declarações eram nada mais que mentiras deslvadas e inconsequêntes. Aznar perdeu a eleição na semana seguinte.
Todas as ações de Aznar eram pautadas na destruição da identidade e luta Basca - curiosamente, seu pai e avô eram Bascos e, como não poderia deixar de ser, importantes figuras do regime franquista.
Aznar jamais repudiou o regime franquista, jamais proferiu uma só palavra de condenação ao regime fascista que matou milhares de espanhóis, torturou e fez desaparecer a outros tantos.
As valas comuns jamais seriam abertas e reconhecidas sobre o regime de Aznar e do PP e, no entanto, pelo silêncio e desrespeito às vítimas do terrorismo de Estado sob o regime de Franco - tudo bem, silêncio não, apóio e saudosismo claros - o PP e Aznar jamais foram ilegalizados, jamais foram molestados, proibidos de concorrer à qualquer eleição.
O que vemos, na verdade, é a farsa de um partido fascista que se baseia na memória de uma ditadura sanguinária tendo a cara-de-pau de condenar a luta Basca.
Curioso que o Batasuna permaneça ilegal por não condenar a ETA mas o PP seja um pertido legal mesmo sendo o fio condutor do Franquismo.
----------------------------
2) Ilegalizações de Partidos e Formações
Desde a primeira ilegalização de uma opção política no País Basco, já se vão pelo menos 8 partidos e listas:
- ANV-EAE (Acción Nacionalista Vasca - Eusko Abertzale Ekintza, fundada anos anos 30)
- Askatasuna (Liberdade)
- EHAK-PCTV (Partido Comunista de las Tierras Vascas - Euskal Herrialdeetako Alderdi Komunista)
- Aukera Guztiak (Todas las Opciones)
- AuB (Autodeterminaziorako Bilgunea - Punto de encuentro para la autodeterminación)
- Batasuna (Unidad, principal partido Abertzale por anos, sob os nomes de Batasuna e Herri Batasuna)
- HZ (Herritarren Zerrenda - Lista de conciudadanos)
- D3M (Demokrazia Hiru Milioi - Democracia 3 Milhões)
É curioso notar que, na Espanha, que o único grupo político ilegal é a Esquerda Abertzale, nem os Franquistas do PP ou os financiadores dos GAL (PSOE) sofreram ou sofrem qualquer tipo de processo por seu passado e suas posições.
As ilegalizações dos Abertzales, aliás, que tem como fundo uma suposta ligação com a ETA, mesmo que jamais a justiça espanhola tenha apresentado qualquer prova concreta (recordemo-nos na piada da ilegalização do grupo Askatasuna, confundido com uma outra organização de mesmo nome).
------------------------------
Próxima parte:
I - Ilegalizações, Repressão e tortura em Euskal Herria (Parte II)
3) Censura, Tortura e Violência contra Presos Políticos
4) A ONU e a Amnistia Internacional: Condenações
5) Fraudes