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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Prhorm: A trapaça do rastreador da Oi no Velox

Artigo de Élio Gáspari na Folha do dia 31 de março (só para assinantes) que vem para corroborar as denúncias feitas contra a presença da Phorm no Brasil, pelo blog Trezentos.

Canalhice e descaramento. Rastreamento do computador do usuário incauto sem que este dê qualquer permissão. É a Oi invadindo seu computador e roubando seus dados! E, tudo isto, ainda lhe cobrando rios de dinheiro!

Derrotamos apenas o início do projeto apelidado de AI5Digital. A luta continua, agora contra os provedores!

A trapaça do rastreador da Oi no Velox

Com uma linguagem empolada e uma pegadinha, a operadora quer reciclar sua freguesia


A OPERADORA Oi anunciou na semana passada o lançamento de uma ferramenta para a internet chamada "Navegador". Trata-se de um rastreador dos caminhos percorridos na rede pelo cliente de seu serviço Velox. A novidade é apresentada aos consumidores de maneira trapaceada, deselegante. (A operação já começou, pequena e felizmente sujeita a correções, no Rio.)
O mimo é oferecido como uma "facilidade", omitindo que é um rastreador. Quando o "Navegador" entra num computador que usa o serviço Velox, os endereços por onde o cliente passa são registrados pelo programa. A Oi garante que o rastreador passa longe de alguns sítios, inclusive dos que pedem senhas. Além disso, assegura que a identidade do cliente será preservada, pois o "Navegador" atribui ao computador rastreado um algoritmo de 24 dígitos que não pode ser decifrado.
O rastreamento interessa à Oi e aos seus parceiros porque permite a segmentação de público para o mercado publicitário. Assim, uma empresa de turismo pode anunciar só para pessoas que pesquisaram preços de pousadas, e todos ganham com isso. É o que faz o Google. Quando uma pessoa entra nas suas páginas, seus interesses são registrados e, a partir daí, selecionam-se os anúncios que lhe serão oferecidos na barra lateral da tela.
Há uma diferença entre o Google e o "Navegador" Oi/Velox. No Google, o sujeito entra se quiser, quando quiser, para usar ferramentas que lhe são oferecidas de graça. Velox e Oi são fornecedoras de um serviço remunerado e vendem o acesso à banda larga a 4,5 milhões de clientes.
A Oi trapaceia na maneira como oferece o "Navegador". O sujeito liga a máquina, aciona o Velox e vê uma tela que lhe apresenta a "facilidade" (em relação a quê?). A lisura recomendaria que a empresa mencionasse, de saída, a função rastreadora do "Navegador".
Até aí, manipulam a comunicação. No lance seguinte, recorrem a uma pegadinha para capturar clientes. Quando a tela do "Navegador" aparece, o mimo é oferecido com o aviso de que ele "já está ativo". A tela do "Navegador" permite que o consumidor desative a ferramenta, mas não é assim que se faz. Uma pessoa não pode ser obrigada a desativar algo que não solicitou.
Pouco custaria à Oi informar, com clareza que o "Navegador" rastreará o freguês, garantido-lhe a privacidade. Em seguida, como fazem as boas casas do ramo, ofereceria duas caixinhas: "Quero" e "Não quero". O freguês escolhe e não há mais o que discutir.
A relação entre um consumidor e sua operadora de internet baseia-se em algum tipo de confiança. Se a "facilidade" manipula o idioma e recorre a uma pegadinha, arrisca-se a estimular a suspeita de que, algum dia, não respeitará sua privacidade.
Nesse lance a Oi está associada à empresa Phorm que, em 2008, meteu-se num escândalo na Inglaterra quando se descobriu que rastreava os clientes da British Telecom sem que eles tivessem sido avisados. Teve que fechar a barraca.
Na empreitada do "Navegador" juntaram-se à Oi e à Phorm alguns dos principais portais de comunicação do país. Lá estão o UOL (empresa do Grupo Folha), o iG, o Terra e "O Estado de S. Paulo". Todos deveriam rastrear melhor a maneira como usam suas marcas.
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Oi e Claro: No Brasil, com "jeitinho" tudo se resolve

No fim do mês passado eu havia informado neste post, que a Oi e a Claro haviam sido multadas em 300 milhões por descaradamente descumprirem as regras do callcenter.

Pelo descumpirmento às regras, ambas as empresas pagavam apenas pequenas multas, pontuais, pelo desrespeito.

Multas insignificantes no entendimento destas. Valia mais à pena desrespeitar o consumidor e tratá-los como gado e pagar as irrisórias multas do que adequar seus callcenters à lei, o que obviamente custaria caro.

Nada mais que puro e simples deboche.
Assunto que tem certa ligação com os problemas eternos da Telefônica - e mais uma vez vitória do consumidor - é a da multa de 300 milhões de reais a ser aplicada na Oi e na Claro por descumprirem as regras do callcenter e, ainda pior, por debocharem das multas que antes recebiam. Valia mais à pena pagar as multas ínfimas que melhorar o serviço. Quem sabe com 300 milhões - mais do que a Telefônica diz investir nos seus problemas crônicos - ambas se adequem à lei.
A ação pede que cada uma das empresas seja condenada ao pagamento de R$ 300 milhões por danos morais coletivos. O valor é cem vezes maior que a multa máxima prevista pelo Código de Defesa do Consumidor, e o dinheiro irá para o Fundo de Direitos Difusos para subsidiar projetos voltados para a valorização da cidadania.
Este é o Brasil, terra do "jeitinho" onde, se você tem dinheiro, tudo dá certo.
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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Telefônica, Speedy e Telefonia: A Farsa do Investimento [2]

Eis que a ANATEL jogou mais areia no túmulo cavado pela própria Telefônica. Continua proibida a venda do Speedy até que o serviço realmente melhore pois, como ele é hoje, só o ministro Hélio Costa aguenta!

Enfim, está comprovado que o presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, é um mentiroso patológico, um canalha sem qualquer respeito pelos consumidores.
"Os técnicos visitaram a empresa para avaliar se cumprimos as determinações. Fizemos tudo o que tínhamos que fazer. Agora temos que esperar a decisão"
E, esperamos, a multa se estenda à outras empresas para que, talvez, aprendam a respeitar o consumidor.
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