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quarta-feira, 6 de maio de 2015

"Ah, mas a culpa é do Congresso conservador"

Fico sabendo que ontem teve panelaço de novo no Brasil... Ainda bem que eu estava dormindo. Mas acho engraçado alguns que reclamam do povo batendo panela. "São fascistas, classe média, elite branca"! Normalmente quem diz isso é ao menos classe média e com boa vontade elite branca. Alguns até fascistas (eleitores hardcore do PT, membros do MAV, etc).

Muitos, ainda, são do Team Voto Crítico, aquele que garantiu um novo mandato para Dilma desmontar direta ou indiretamente direitos trabalhistas que sobreviviam desde Vargas. Sobreviveram à Ditadura, sobreviveram a FHC, mas vão morrer com o Partido dos "Trabalhadores".

"Ah, mas a culpa é do Congresso conservador".

Mas amigo, diz pra mim quantos desses conservadores foi eleito com voto, apoio e GRANA petista? Ou melhor, grana roubada da Petrobrás, vamos deixar claro quem era a dona da grana: A Petrobrás.

O PT comprou parte da sua base ~conservadora~ (parte porque sempre tem na cola o cachorrinho PSeudoB que depois de códigos florestais da vida não tem como defender)....

Não, a ~culpa~ não é do Congresso Conservador, a culpa é de quem ajudou a montar esse congresso, é de quem pagou aos piores fascistas para ganhar apoio, é de quem desmobilizou quase completamente a esquerda e os movimentos sociais, é de quem quando parte da esquerda conseguiu se mobilizar (vide Junho) se colocou ao lado da polícia e da repressão tentando silenciar as ruas, é de quem penhorou o país pra FIFA, de quem entregou o governo efetivo para ruralistas, assassinos de indígenas, assassinos da população negra e banqueiros/empreiteiras.

Entregou, é verdade, mas nominalmente estão no poder e tem total culpa pelo resultado de suas ações.

Ações estas que abarcam também os cortes na educação, as privatizações, a situação caótica da saúde, ocupação militar em favelas, medievalismo neopentecostal imparável, etc, etc, etc... E não nos esqueçamos do corte de direitos trabalhistas, do corte até do seguro-desemprego e ainda no começo do petismo no poder, a reforma da previdência tucana (que levou à expulsão dos que depois iriam formar o PSOL)....
Enquanto o PT (direita) e a oposição (de direita) disputam quem bate mais e melhor em panelas, a realidade do desgoverno petista continua batendo...

Tudo isso com apoio entusiasmado de setores fanatizados que engolem o que lhes for mandado engolir e que ainda comete textos como se estivessem na crista da onda. Não, a ~oposição~ não virou panelas, meu caro Rovai, mas a cada batida de panelas o governo adota ainda mais profundamente o programa da oposição.

Não, não se pode jogar toda a culpa nos "aliados". Quem está destruindo a educação brasileira não são os aliados, é o PT, é Dilma, são suas políticas e decisões pessoais. Levy? Conta da Dilma. Austeridade? Conta da Dilma. Quem ofereceu Força Nacional em Junho de 2013 para calar a boca das ruas? Cardozo, do PT.

E a culpa é também de quem, mesmo hoje, continua no apoio, se baseando em lixos que envergonham o jornalismo como Brasil247, Portal Metrópole, dentre outras, ou que adota o discurso de "voto crítico contra a direita", quando quem está no poder hoje nada mais é que a direita mais nociva da história recente do país.

Como disse o Samuel Braun no Facebook:
"Concordo com tudo, só não consigo me aliar a esses que estão panelando", pessoa após gigantesco debate sobre o PT ser A expressão da direita NO poder (o que é ainda mais nefasto que a direita na oposição).
Mas na hora que concordou que o governo era etnocida, repressor, entreguista, neoliberal e tudo mais, mesmo assim foi lá e "se aliou" votando "criticamente".
Vai meu bem, faça um panelaço crítico.
Ou melhor: faça qualquer coisa crítica. Porque defender a direita no poder fazendo beicinho pra direita na oposição já deu, ok?
Enquanto isso o PSDB fica feliz, tendo projetos caros a ele aprovados, projetos até mais radicais e danosos que os que pregava. Parabéns aos envolvidos. Mas calma, 2018 tá logo ali, já podem afinar os discursos contra o "mal maior" e a justificar o apoio ao PT, quem sabe o partido mais pra frente simplesmente não acabe com a previdência de vez ou revogue a CLT?

Paguem pra ver.
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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O "petismo" precisará de quantas overdoses para ser superado?

Há muito tempo tenho dito e mesmo alertado que o papo da "constituinte exclusiva" para a "reforma política" é uma imensa roubada. Razões não faltam, mas a principal delas é a mais óbvia: Após o crescimento da representação da direita no parlamento brasileiro, no que considero uma readequação conservadora, há uma clara tendência de fascistização do país. Há uma clara tendência ao embate aberto e a rupturas. A esquerda não tem NADA a ganhar se quiser competir nas urnas, nesse momento, com a direita, sem ter efetivamente reagido, inovado, se reinventado e proposto algo novo.
Em 1988 havia uma esquerda forte, atuante e ideológica para propor e também para barrar grandes absurdos propostos pela direita. Quem, hoje, seria essa esquerda? Não o PT.

O PT está sempre pronto e disposto a aceitar todas as exigências de seus aliados ruralistas, evangélicos fundamentalistas, banqueiros, empreiteiras... Iremos confiar neste partido para capitanear uma reforma política? Quem irá segurar a direita não será, sem dúvida, o PT, que hoje nada a amplas braçadas para (e com) a direita.

Os eleitos para uma "constituinte exclusiva", tendo em mente a configuração política atual, as pressões, o crescimento do eleitorado fundamentalista e as alianças da ex-esquerda com a pior direita, seriam francamente conservadores. Isto basta para acabar com qualquer ânimo de quem é efetivamente de esquerda. De que importa que políticos com mandato não possam concorrer? Alguém acha que o PSC tem apenas o Feliciano na manga? Ou que o Malafaia, o Edir Macedo, os Ruralistas e outros não tem candidatos guardados para quando precisarem?
Nem o PT seria o partido de esquerda a garantir avanços e nem o PSOL, o PCB ou o PSTU tem real força para impedir uma catástrofe. A esquerda organizada é ridiculamente pequena frente à direita e o que seria a direita numa constituinte.

Tenho para mim que o papo da constituinte exclusiva é ou foi mais uma forma vazia do PT desviar a atenção para sua responsabilidade na imensa repressão durante Junho e meses posteriores (notadamente durante a Copa), o problema é que movimentos sociais como o MTST parecem não ter prestado bem atenção ao que acontecia e efetivamente adotaram uma bandeira praticamente suicida.

Digo com todas as letras: Uma constituinte neste momento, neste cenário de confrontação, de uma disputa artificial entre PT e PSDB que, no fim, representam o mesmo projeto, é suicídio político. Os movimentos sociais embarcam de cabeça, muito provavelmente ainda pensando que tem no PT um aliado comprometido ou ainda movidos por algum saudosismo descolado da realidade, e serão os primeiros a dançar.

Pra ser honesto, eu venho até pensando em torcer pela tal constituinte, porque talvez assim alguns movimentos consigam acordar. É verdade que muitos continuam mesmo que "criticamente" apoiando o PT, mesmo que apenas durante o segundo turno, mas parece não terem entendido ou reconhecido o inimigo (o é junto ao PSDB e à elite que ambos representam).

Em tempo, sequer há um debate sobre QUE modelo de reforma política os movimentos lutariam caso houvesse espaço em uma constituinte (o que não haverá, penso). O PT quer um modelo de listas fechadas, onde poderia enfiar Vaccarezzas e outros dejetos sem que a "militância" ou os "desavisados" pudessem fazer nada, facilitando ainda mais a guinada do partido para a direita, o que dizem os movimentos? Ou não dizem nada?

E quanto ao modelo de financiamento? O PMDB e demais satélites irão aceitar um modelo onde apenas doações de pessoas físicas, e com tento para doação, seja aceito? Ou iremos aprofundar o péssimo modelo que temos hoje, sangrando mais ainda os cofres públicos e mesmo dificultando mais ainda a fiscalização das já obscuras doações de empresas?

O movimento social já discutiu seriamente estas questões ou espera que na hora do "vamos ver" o PT jogue no lixo todos os 12 anos de seu governo e milagrosamente adote uma agenda popular? alguém realmente acredita que o PT iria em peso se opor ao financiamento e empresas enquanto é o partido no país que mais se beneficiar deste financiamento? Coloquemos então o lobo para cuidar das ovelhas, ainda que no cenário atual vejo muitas ovelhas quase implorando para se juntarem ao lobo.

O MTST e demais grupos podem colocar quantas pessoas quiserem nas ruas, mas a realidade não mudará de imediato: O país caminha a passos largos para o conservadorismo. É preciso, porém, que o MTST e demais grupos saiam às ruas e nelas fiquem, mas com agendas progressistas e próprias, com projetos de emancipação popular, com projetos de (re)construção da esquerda, mas não adotando modelos e agendas tiradas da manga para acabar de vez com qualquer resistência.

Não custa lembrar que durante a campanha muitos à esquerda comentaram, maravilhados, como o PT e Dilma tinham caminhado para a esquerda para logo quebrarem a cara com aumento de juros, de preços e tarifas e para o total e completo silêncio federal frente aos crescentes crimes homofóbicos, por exemplo, ou à lenta e tímida (para dizer o mínimo) resposta do governo à Chacina em Belém.

Precisamos de uma reforma política, mas através da pressão popular e dos movimentos sociais, não precisamos, porém, dar carta branca para um novo congresso (chamem como quiserem, mas serão os mesmos eleitos de hoje ou seus laranjas e os mesmos partidos podres e carcomidos dando as cartas) que não terá qualquer diferença para o atual, pelo contrário, poderá ou poderia ser pior.

Nós, enquanto esquerda, temos de raciocinar e compreender que fomos derrotados nas urnas, que há uma divisão social e ideológica tremenda no país e que precisamos conquistar e reconquistar, recriar e inovar antes de pensar em dar passos adiante arriscados ou mesmo francamente suicidas. É hora de nos reorganizar.

Após 12 anos os movimentos parecem cada vez mais anestesiados pela droga chamada "petismo". E eu começo até a ver que o efeito talvez só venha a passar após uma ou duas overdoses dolorosas (Junho parece não ter chegado a tanto). Por vezes me pego ligando o "foda-se", porque parece que alguns movimentos realmente querem ter de sofrer - mais do que já sofrem - ou mesmo precisam...?
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Conservadorismo: Os próximos 4 anos serão duros, vença quem vencer.

O PT quase desapareceu em alguns estados, como PE e DF e teve votação muito menor e menos eleitos que nas eleições passadas. Caiu de 88 para 70 deputados. Ao passo que o PSDB subiu (44-55) e houve uma explosão de partidos nanicos aparecendo.

Vamos nos lembrar qual era o discurso dos petistas fanáticos pra justificar todo e cada recuo vergonhoso: Governabilidade. O PT não teria grande bancada, logo, está justificado e aceito todo recuo.

Agora será pior. Com bancada ainda menor (por escolha do PT, aliás, que perdeu votos tanto do eleitor enojado quanto por ter aberto mão de vagas para apoiar bandidos como Collor ou Katia Abreu) os recuos serão maiores e as justificativas nojentas da "Militância" idem.

Mas porque o PT recuou tanto? São vários os fatores, mas imagino que os principais seriam:

- Guinada para a direita afastou eleitorado de esquerda, além da campanha suja petista que afastou outros tantos
- Protesto de junho e repressão durante a Copa (o número de votos nulo, branco e abstenções em estados como Rio e SP foi enorme, o que denota um cansaço do eleitorado)
- Apoio do PT a candidatos milicianos e bastante duvidosos (no Rio em especial, os Tatto em SP, etc)
- Apoio do PT a candidatos abertamente fascistas, como Katia Abreu ou Collor, ou ainda Lobão Filho, Helder Barbalho, etc o que, no fim, diminui a visibilidade do PT e também afasta o eleitorado de esquerda
- O PT lançou candidatos fracos em estados como São Paulo e Santa Catarina (dentre outros) o que diminuiu a visibilidade/atratividade dos demais candidatos a deputados
- Um esgotamento natural do lulismo/petismo

A maior parte dos fatores me parecem ter a mesma origem, que é o lulismo de coalizão empurrando o partido inexoravelmente para a direita e mesmo o apoio a fascistas e gente de extrema-direita. Curiosamente, candidatos de extrema-direita como Telhada ou Bolsonaro tiveram votações incríveis, e isso se explica pelo antipetismo que, em parte, cresce pelo ódio da cooptação feita pelo PT de elementos tradicionais da direita.

É uma verdadeira salada.

O fato é que se os últimos 4 anos de Dilma foram ruins, os possíveis próximos 4 serão piores, pois serão mais partidos irrelevantes para acomodar, mais fascistas para obedecer e mais espaço para a desculpa esfarrapada da "governabilidade" para justificar cada recuo vergonhoso.

Vejam bem, as alianças e o modo de fazer política do PT são os grandes responsáveis pela bancada ter diminuído e do partido ter (sic) que aprofundar ainda mais tais alianças e, logo, o conservadorismo. O militante fanatizado, aliás, é o grande responsável por isso, por aplaudir recuos e justificá-los, alienando assim parte considerável do eleitorado que simplesmente não aceitou calado.

E não se enganem, parte considerável dos votos de Marina e acredito que uma parte dos que Aécio terá (além de muitos votos nulos e abstenções) vieram e virão de eleitores que outrora votavam ou votariam no PT, mas que se sentem enojados pelas práticas políticas do partido.
O PT e o governo achavam que poderiam alimentar uma cultura de direita e, ao mesmo tempo, angariar os votos dos eleitores da direita histórica. Erro brutal (e que não começou agora, mas há anos!). Cometeram um crime contra as lutas emancipatórias. A possível vitória do Aécio deve ser colocada na conta do próprio governo, dos partidos e das lideranças políticas de sua base. Rogério Junqueira
Se depois de tudo isso o PT não conseguiu entender o recado, então é apagar a luz e fechar a porta.
 
Claro que 4 anos de Aécio é uma opção igualmente terrível. O PSDB dispensa comentários em seu modo privatista de governar. Obviamente meu texto não tem por objetivo sensibilizar ou alcançar eleitores tradicionais do PSDB.

enfim, fugir para o Uruguai parece uma opção válida e até correta nessa altura do campeonato - em São Paulo mais ainda com Alckmin reeleito direto, pese a nulidade que era o Padilha, e a água acabando.

Só espero que quando a água acabar não venham reclamar pelas escolhas que acabaram de fazer.
Um PT com 18 deputados a menos e qualitativamente pior.
Um Congresso fracionado numa miríade de partidos e de perfil ainda mais conservador e fisiológico.
Uma presidente (se vier a ser eleita) com a pior votação desde que o PT conquistou a presidência da República.
Moral da história: tudo o que você viu até agora sobre a tal governabilidade será brincadeira de criança quando comparado ao que está por vir, para deleite do PMDB. Gustavo Gindre
Lista do Congresso em Foco:
Partido – Número atual de deputados – Total de eleitos
PT – 88 – 70
PMDB – 71 – 66
PSDB – 44 – 55
PP – 40 – 37
PSD – 45 – 37
PR – 32 – 34
PSB – 24 – 34
PTB – 18 – 26
DEM – 28 – 22
PRB – 10 – 20
PDT – 18 – 19
SD – 22 – 16
PSC – 12 – 12
Pros – 20 – 11
PPS – 6 – 10
PCdoB – 15 – 9
PV – 8 – 8
Psol – 3 – 5
PHS – nenhum – 4
PEN – 1 – 3
PMN – 3 – 3
PTN – nenhum – 3
PRP – 2 – 2
PTC – nenhum – 2
PSDC – nenhum – 2
PRTB – nenhum – 1
PSL – nenhum – 1
PTdoB – 3 – 1
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sábado, 12 de novembro de 2011

Uma tentativa de análise sobre a elite preconceituosa brasileira

A elite brasileira é racista, preconceituosa, higienista... Disso todos sabemos. Mas impressiona o orgulho que ela tem de declarar suas posições em toda e qualquer situação.

A Gente Diferenciada

Um dos episódios mais marcantes dos últimos tempos foi o Protesto da Gente Diferenciada, em que socialites, moradores ricos de Higienópolis e, porque não, amplos setores da mídia, saíram em defesa do franco higienismo ao se posicionar contra uma estação do metrô que, sendo claro, traria pobres para a região.

As empregadas domésticas das madames não tem direito à transporte de qualidade ou a chegarem com mais facilidade no trabalho. Tampouco os garçons e garçonetes que servem a elite nos restaurantes da região. Os alunos riquinhos da FAAP não precisam de metrô, afinal, tem suas Ferraris sempre prontas. E as madames seus carros com motorista que elas, provavelmente, acham serem grandes amigos depois de aprenderem o nome e trocarem uma ou outra palavra.

Rico tem esta mania de tentar de todas as maneiras manter os pobres longe, mas, quando não há jeito - afinal precisam de serviçais -, tentam fingir amizade com os "de baixo", perguntando com interesse fingido sobre a família e dando uma gorjeta aqui e ali, uma roupa velha aqui e ali e, claro, mantendo sempre total distância fora do ambiente de convivência forçada.

A empregada pode entrar no quarto da patroa para arrumar a cama, mas que nem sonhe em usar o elevador social!

Reinaldo Azevedo, Sérgio Malbergier e tantos outros que, seja no episódio de Higienópolis, seja em outros momentos (me recordo do Leandro Narloch e seu ódio patológico por nordestinos, estes inferiores, e pobres em geral que tem o direito de votar - que deveria ser exclusivo das elites "pensantes"), demonstram o alinhamento quase automático entre mídia e elites, onde a mídia age sempre à serviço dos interesses do andar de cima e reproduzindo seu pensamento elitista.

O elitismo "sutil"

Este elitismo se mostra das formas mais simples. Desde revistas que exclusivamente vendem produtos com preços inacessíveis para a maior parte da população (mesmo se dizendo populares ou sendo campeãs de venda), até o preconceito descarado nos jornais, com apresentadores chamando garis de escória ou defendendo de forma entusiasmada remoções e ações repressivas de todo tipo.

Quando sentem que pegaram pesado, logo correm para "corrigir o erro", mas apenas de forma cosmética.

A elite sabe que é poderosa, mas é bom fazer com que o povo engula suas ofensas de boa vontade e não se revolte. É uma política de doutrinamento que vem funcionando há 500 anos.

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