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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Marcha das Vadias de São Paulo - Somos TODXS livres

Mais de mil pessoas - bem mais que os "cerca de 100" da Globo e Estadão - se reuniram na Av. Paulista e desceram a Rua Augusta até a Praça da República  na Marcha das Vadias de São Paulo. Feministas (obviamente), lésbicas, gays, héteros, transgêneros, travestis, bikers, anarquistas, punks, skinheads, adultos e crianças marcharam juntos por mais de 3 kilômetros cantando, dançando e gritando palavras de ordem contra o machismo, contra a homofobia e pelo direito das mulheres serem livres.

Muitas garotas se pintaram, vestiram as roupas que bem queriam ou mesmo deixaram os seios à mostra, enquanto alguns homens colocaram vestidos curtos, sutians e até calcinhas e desfilaram com a mesma alegria e comprometimento.

Crianças pequenas desfilavam com a maior naturalidade ao lado de seus pais e demais manfiestantes, sem se improtar, estranhar ou "desmoralizar" frente às garotas seminuas. Não havia espaço para hipocrisia e falso-moralismo, nem para nenhuma pregação de pastores fanáticos de que ali encontrava-se qualquer tipo de "degradação". Era uma demonstração de comprometimento social somado à alegria de ser(mos) livres.

Segue algumas fotos tiradas por mim na Marcha de sábado (mais fotos no link) e um pequeno vídeo compilando diversos momentos da Marcha.



No Global Voices, publiquei hoje um post-resumo com fotos e vídeos das Marchas pelo Brasil, recomendo.
Reivindicando a liberdade feminina e o direito das mulheres se vestirem da forma como quiserem sem ser vítimas de violência ou moralismo, milhares de mulheres, mas também homens héteros, gays, travestis e mesmo membros de grupos como bikers, skatistas, skinheads, punks e anarquistas tomaram as ruas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Fortaleza e Belém  - além de outras cidades - para protestar contra a homofobia e em defesa do feminismo, ou seja, em defesa da igualdade.
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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Faz sentido lutar contra a corrupção?

Fora... Mas pra onde?
No Facebook, o Daniel Lopes, editor do Amálgama, pergunta, com link para ótimo texto do Alex Castro:
Sei não, sei não. Enquadrar os outros nessa ou naquela ideologia é tão importante assim? Quem reclama de excesso de ideologia não tem lá sua razão, ao apontar uma inversão de prioridades?

O problema de se dar muita importância à ideologia é virar ideomaníaco -- o que é mais comum do que se imagina. Quando eu leio o Raphael (um cara do PSOL) ou o Flavio (um cara da CIA), por exemplo, eu me prendo aos fatos que eles trazem e argumentos que levantam, que podem ou não fazer sentido pra mim, não à "ideologia" de cada um. O cara pode se declarar de esquerda ou de direita, ou deixar os outros livres para o rotularem, mas sem se enganar achando que esse definição é o traço mais importante de uma personalidade, e sem se prender a um pensamento totalizante (vc é pró-cotas? então tem que ser pró-MST. vc apoia uma guerra contra a Síria? então vc tem que ser pró-Israel. etc, etc.). E, se fatos e honestidade na defesa de argumentos é o que importa, pra que se preocupar com os dados da "cateirinha ideológica" do sujeito?

E, sim, marchar contra a corrupção faz sentido e é importante. Pelo menos era quando a marcha era contra o Collor, e voltará a ser atestado de patriotismo quando os tucanos estiverem de volta à presidência (esperem só e vcs verão).
Ao que respondi:
A questão é q mt's vezes - na maioria das vezes - a ideologia faz total diferença e pessoas, em geral, que tem de fato uma ideologia definida, tem um certo numero de semelhanças ou visões semelhantes com quem tem a mesma ideologia. Já no caso deste movimento e dessas amrchas, muitos são manipulados por quem tem ideologia clara, e é ligado a partidos, que leva muita gente inocente pra protestar "contra a corrupção", como se corrupção fosse um sujeito, uma pessoa ou entidade. Normalmente esse pessoal das marchas de hoje não sai pra protestar contra a corrupção do PSDB, só a do PT, assim como tem mt petista que vai pra marchas "Fora Perillo" e etc e não irá contra Agnelo (se houver). São babacas dos dois lados.
E amplio:

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Marcha Contra a Corrupção - De inocentes úteis a golpistas

Chega a ser irônico - para não dizer hipócrita - que membros, militantes e simpatizantes do partido no poder critiquem irrestritamente uma manifestação por esta ter sido organizada por e ter caráter de "classe média", quando sua presidente anuncia para quem quiser ouvir - e é aplaudida por estes mesmos militantes, simpatizantes e etc - que seu objetivo é construir um país de... classe média!

Que seu objetivo é trazer todos para a classe média (todos os abaixo, claro, no lucro dos ricos não haverá mudança, só pra cima).

Mais recente fonte de ódio da militância petista/governista é a Marcha Contra a Corrupção que possui reivindicações legítimas, mas que se perde no foco, pregando o "contra tudo e todos", além de ter sido claramente infiltrada por DEM e PSDB.

A Marcha não nasceu, porém, para atacar o governo petista, e sim para atacar um congresso efetivamente viciado, corrupto em sua maioria, que lava as mãos para o roubo de seus pares (vide a absolvição já esperada de Jaqueline Roriz, apenas mais uma ladra a se safar), mas que não é exclusivo deste ou de outro partido, mas generalizado. Mas, mesmo assim, a Marcha pecou pelo excesso de generalização, que demonstra e promove a mais absoluta e completa despolitização.

Marchas devem ter objetivos claros, reivindicações, e estas devem ir além do mero "eu odeio tudo e todos", mas apresentar propostas e saber seus limites.

Se por um lado é verdade que a Marcha foi desvirtuada com a presença de expoentes da corrupção de direita, por outro o evento foi repudiado pelos governistas muito antes, pois não se pode criticar a corrupção do governo, mesmo que eles tenham passado todo o governo FHC denunciando a corrupção do PSDB. Só é "moralismo" para os outros.
Deixo claro desde já que não apoiei a Marcha Contra a Corrupção, e acho que o apoio que setores do PSOL deram é equivocado, mas não pelas razões dos governistas, e sim por coerência.

O governo deve ser criticado e cobrado, mas com argumentos sólidos, e não pela direita parlamentar e midiática, mas pelos militantes, pelos movimentos sociais e pela esquerda. Critica e auto-crítica.

O que me parece ridículo, porém, são as comparações feitas deste movimento com o Cansei (viraram o Neo Cansei) sem levar em conta os objetivos iniciais e quem inicialmente apoiava - classe média, sim, mas não necessariamente aliados com a direita, mas apenas insatisfeitos. Se a idéia é comparar apoios, então os governistas tem um problema, porque aparecer ao lado de político do PSDB não é pior do que aparecer ao lado de Collor, Sarney ou Maluf.


Se aliar com Katia Abreu e Kassab não é melhor que se aliar com Álvaro Dias ou José Serra. Ambas "alianças" são igualmente deploráveis, mas mais ainda quando a aliança e promovida e, pior, comemorada, por um partido que se diz de esquerda.

Sim, devemos ter um padrão de conduta geral, mas é inegável que devemos exigir padrões mais altos para nós e para nossos aliados, especialmente quando nos reivindicamos de esquerda.

Da Frô:
Cansei de procurar nas imagens damanifestação de hoje ‘contra a corrupção’ um não ariano, não encontrei nenhum.
Minha grande curiosidade é se esses manifestantes têm ao menos a mesma dúvida que tenho: quem são os mega empresários sonegadores? São bandidos ou são vítimas como a imprensa os trata? Porque eu não vejo o menor sentido num movimento que só enxerga o corrupto e ignora a existência do corruptor. Por que será? Outra curiosidade, casos de corrupção só existem no governo federal? Por que não vejo uma única manifestação da massa cheirosa contra os escândalos do caso Alstom, contra os escândalos da privatização e o esquema de espionagem tucano, contra o ‘aparelhamento’ do estado de São Paulo, contra a venda do patrimônio público da cidade de São Paulo ?

Como li no Twitter, se um protesto ocorrer em Santa Catarina, onde dificilmente veremos muitos negros, o protesto é ilegítimo desde o princípio? Devemos tomar cuidado com certas afirmações.

O protesto em tela é eminentemente da classe média, mas ela não pode protestar? Ou só podem protestar a favor do governo ou contra o PSDB (lembro da Marcha da Gente Diferenciada, em que não faltava classe média, mas aí o protesto era contra o PSDB, então está ok?). Concordo com as razões gerais colocadas pela Frô, de fato são minhas críticas e que mancham a legitimidade do protesto: Contra tudo e todos e sem tocar nos reais corruptores.

Mas a mania de perseguição dos petistas, que acaba por se infiltrar mesmo na militância crítica, sempre surge. Critica-se o protesto por ser contra a corrupção, sem citar nomes, mas em geral, contra a política e os políticos brasileiros, mas assume-se que é contra o PT e o governo. E só.

Alguns reclamaram do caráter "partidário" do protesto, mas eu me pergunto: E se ao invés de um cartaz contra Dilma houvesse um cartaz contra o Serra? Aí estava ok, porque Dilma é honesta e o Serra não? Em Brasília, protestar contra a Jaqueline Roriz é legal, mas contra Dilma não pode?

Essa mania de perseguição vem chegando a extremos do absurdo e tornando impossível qualquer tentativa de diálogo.
O tuíte acima é hilário, e um exemplo de fanatismo inconsequente.

A Camargo Corrêa, que financiou parte da eleição de Dilma, investindo pelo menos 13 milhões de reais e que, até 2009, já tinha recebido quase 130 milhões de Lula através do PAC, de repente virou uma empresa corruptora, inimiga do governo!

Aliás, a "argmentação" petista para deslegitimar as ONGs que tocam nos interesses do PT é ridícula e vergonhosa. Quer dizer que uma ONG receber dinheiro da Camargo Corrêa não pode, mas o PT pode?

A Marcha, mesmo infiltrada e deslegitimada poderia servir ao menos para uma discussão mais ampla sobre a corrupção no país, que existe desde sempre e não é patrimônio do PT ou do PSDB, mas a militância governista prefere fingir que tudo é bom, tudo é normal (em seu governo) e apenas apontar os defeitos da oposição e acusar a tudo e a todos de neo-udenismo, de neo-Cansei...

Mas seu lado é puro, casto e roubar todo mundo rouba.

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A coisa tá tão tosca que tem blogueiro comparando as Marchas Contra a Corrupção com a Marcha da Família com Deus Pela Liberdade! Sério, dá medo de tamanha cegueira e fanatismo. Para mascarar a corrupção endêmica no país - que é da direita e da esquerda, do governo e da oposição - chegam a este ponto lamentável.

Não sei o que é pior, se o fanatismo descarado ou o desesrespeito completo contra nossa história e contra quem efetivamente sofreu com a Ditadura e que acabou virando um joguinho na mão de quem precisa se desdobrar para justificar ações injustificaveis, como a corrupção, de quem quer que seja e inventar um golpe para calar dissidências e desacordos - especialmente da esquerda.

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Recomendo o post Algumas palavras sobre a ingênua e necessária Marcha contra a Corrupção da  @Amanditas1904 que traz uma visão interessante sobre a Marcha em Brasília.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Marcha da Educação!


Este não é um evento ligado a um sindicato e tampouco a um partido político

http://marchadaeducacao.org/contato@marchadaeducacao.org

Já chega. A educação pública do país pede socorro há anos. Nos níveis primário e secundário, as escolas estaduais, federais e municipais têm reputação defunta na opinião pública, como um todo. Quando possível, o brasileiro foge para o sistema privado de ensino, mesmo pagando caro por isso: as mensalidades dos colégios particulares sobem mais que a inflação. As raras – e disputadíssimas – boas exceções entre escolas públicas, através de um excludente sistema de ingresso, acabam por fortalecer o insuportável atrelamento entre condição social e nível de instrução.
Na prestigiosa USP, caso você pergunte a um aluno bem-sucedido na primeira chamada da Fuvest em 2010, terá 67,5% de chance de ter como resposta que ele ou ela fez todo o ensino médio em colégio privado. Esse índice atinge 82% se restrito ao curso de Direito em Ribeirão Preto, 90% entre os ingressantes em Relações Públicas ou Engenharia Ambiental em São Carlos e 100% dos alunos do curso de Artes Cênicas.
Some a isso o diagnóstico da falta de profissionais capacitados para funções essenciais (na área da engenharia, por exemplo) e verificamos o estado educacional crítico vivido pelo país.
Simultaneamente, uma maré de otimismo financeiro e uma empolgação desconfiada, gerada pelos dois grandes eventos esportivos por vir, desviam os olhos do noticiário do que realmente fará do Brasil um país desenvolvido.
A Marcha da Educação, organizada de maneira independente, é um ato pelo resgate do sistema público de ensino, a fim de se universalizar a educação de qualidade, através do emprego correto do dinheiro oriundo dos impostos. Reivindica-se que a porcentagem do PIB investida em educação seja, no mínimo, de 10 por cento, o mesmo pedido pelo CNE e dois pontos acima do que o recomendado pela Unicef. Consideramos que os 7% previstos no atual Plano Nacional de Educação (PNE) são insuficientes. E garantimos que, a despeito do receio do nosso ministro, esta e as próximas Marchas da Educação farão com que o PNE seja levado a sério.
A Marcha da Educação também protesta em apoio a uma medida drástica: o Projeto de Lei nº 480, o qual obrigaria políticos eleitos a colocar seus filhos em escolas públicas. Com uma ideia simples mas, para muitos, assustadora, o PL é questionado por alguns parlamentares, os quais defendem a inconstitucionalidade do projeto (leia mais em o que queremos). Inconstitucional ou não, a proposta é certamente a que mais se aproxima do nível de dramaticidade e de urgência do quadro da educação brasileira.
MACONHA
Em julho deste ano, a realização da Marcha da Maconha, em São Paulo, gerou protestos em diferentes ambientes reais e virtuais, que incluíam sugestões de temas alegadamente mais importantes que o defendido na ocasião. Sem fazer juízo da relevância daquele ato, a Marcha da Educação atende justamente os órfãos de uma manifestação com causa inquestionavelmente crucial. Da mesma maneira, esta Marcha convoca para as ruas os participantes da Marcha da Maconha (e de qualquer outro movimento) que veem na educação o único meio de um verdadeiro desenvolvimento nacional.
CHILE
A Marcha da Educação, apesar de não os tomar como inspiração, declara total apoio aos estudantes chilenos que lutam por um sistema igualitário, público e gratuito. Lutamos pela mesma causa, contudo, é necessário lembrar que o Chile encontra-se 19 posições acima do Brasil no ranking de Índice de Educação pela ONU. Em outras palavras, descartados outros fatores, o brasileiro têm o dever de, em contexto de agitação mundial por melhores condições de vida (vide Espanha, Israel), deixar o papel de espectador para protagonizar o rumo da educação do seu próprio país.
DIA 27, ÀS 13H, NO MASP
A concentração será às 13h no vão do MASP, em São Paulo. Percorreremos a avenida Paulista e a rua da Consolação até o prédio da Secretaria da Educação do estado, na praça da República. Traga sua faixa, seus livros e seu apito.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

MLST: Marcha da Reforma Agrária do Séc. XXI - 21 de agosto a 7 de setembro


Press Kit Marcha 21
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

MLST - A Marcha da Reforma Agrária do século XXI

A Marcha da Reforma Agrária do século XXI é de todas as pessoas que lutam para acabar com a fome e a miséria no Brasil. É a Marcha da confraternização dos que trabalham no campo e na cidade pela democratização da terra, para produzir alimentos saudáveis livres de agrotóxicos, pela soberania alimentar, para avançar na transformação social do país.

Saída: 21 de Agosto de 2011

212 km de caminhada desde a cidade de Goiânia rumo à Brasília
Chegada: 7 de setembro

SAIBA MAIS -
Website: www.marchaseculo21.com.br
Twitter: @marchamlst21
Facebook: marcha.mlst

O modelo de reforma agrária do século XX foi superado, porque o seu principal inimigo não é mais o velho latifúndio improdutivo e sim o agronegócio que continua comprando terras baratas e articula poderosos interesses econômicos, políticos e sociais, para combater a reforma agrária. Utiliza seus representantes no Parlamento, Judiciário na burocracia estatal para impedir o cumprimento da Função Social da Terra e comanda a mídia na criminalização dos movimentos sociais e seus parceiros.

No último período, o agronegócio ganhou um destaque nacional por se apresentar como grande produtor do meio rural e pelo superávit da Balança Comercial Brasileira. Esse modelo foi responsável pela crise alimentar que ocorreu em 2008 e que tem reflexo direto na mesa do trabalhador com o aumento do preço do alimento. Hoje o processo de financeirização em forma de commodities vem colocando em risco a segurança e a soberania alimentar e nutricional, do nosso povo.

O Relatório da ONU sobre "A agroecologia e o direito à alimentação", mostra que a produção agrícola camponesa pode dobrar a produção de alimentos em áreas críticas por meio do uso de práticas agroecológicas. Segundo dados da FAO, o mundo produz hoje alimentos para 8 bilhões de habitantes. Então por que temos mais de 1 bilhão de pessoas sem acesso ao alimento?

No Brasil cerca de 800 mil pessoas são intoxicadas por agrotóxicos todo ano, no mundo são mais de 120 milhões. Mais de 12 mil por ano morrem no Brasil em decorrência do uso dos agrotóxicos, no mundo são mais de 1 milhão e 200 mil mortes. Cada brasileiro consome por ano 3,9 litros de veneno, através da alimentação.

A agricultura química é incompatível com a idéia de segurança e soberania alimentar e nutricional, porque ela busca o máximo de produtividade, mas não garante a estabilidade da produção por causa da degradação ambiental que ela provoca.

É fundamental tornar público os importantes avanços das experiências das mulheres e dos jovens na produção dos alimentos agroecológicos e seus resultados na garantia da segurança alimentar e nutricional com a diversificação e qualidade dos produtos.

O Programa Brasil Sem Miséria do Governo da Presidenta Dilma Rousseff tem três eixos de ações: transferência de renda; acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. Nesse sentido, os assentamentos de reforma agrária, a agricultura familiar e comunitária, junto com os pequenos produtores rurais cumprem um papel estratégico para alcançar esse objetivo e avançar na transformação social do País.

A Marcha da Reforma Agrária do século XXI é de todas as pessoas que lutam para acabar com a fome e a miséria no Brasil. É a Marcha da confraternização dos que trabalham e lutam no campo e na cidade pela democratização da terra para produzir alimentos saudáveis livres de agrotóxicos.


Marchamos pela Soberania Alimentar: sementes crioulas; autonomia da produção; quintais produtivos; economia solidária; praticas conservadoras do solo e manejo ecológico dos recursos naturais e o circuito curto de comercialização. A agricultura familiar-comunitária é a guardiã da genética animal e vegetal. Quem tem a semente tem a vida.

Marchamos pela construção de Acampamentos Produtivos, Assentamentos Inteligentes e a Empresa Agrícola Comunitária, pela criação de Pólos de Desenvolvimento do campo brasileiro, gerando milhões de postos de trabalho, onde o ser humano será o empreendedor comunitário e não apenas um vendedor de sua força de trabalho.

Por tudo isso, Aperte a Mão de Quem o Alimenta porque os trabalhadores e trabalhadoras rurais são responsáveis por 70% da produção de alimentos básicos da mesa do brasileiro; porque representa 74,4% da mão-de-obra do campo; porque desenvolve o comércio local; porque produz alimentos preservando o meio ambiente; porque diversifica sua produção; porque democratiza o acesso a terra.

Goiânia/GO, 30 de junho de 2011.
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Spot da campanha:

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sábado, 2 de julho de 2011

Aperte a Mão de quem o Alimenta!

O MLST, movimento social pela reforma agrária no Brasil e organizado em dez estados da Federação, este ano vai marchar!

“Aperte a mão de quem o alimenta”. Com esse lema, foi lançada oficialmente nesta quinta-feira (30/ 06) em Goiânia, a Marcha Nacional da Reforma Agrária do Século XXI. A Marcha, cujo momento mais importante será uma caminhada a Brasília, saindo de Goiânia no dia 21 de agosto, está sendo coordenada pelo Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), que existe há 14 anos. “Acreditamos que a reforma agrária liberta o trabalhador da exploração e liberta o meio-ambiente da destruição”, explicou o coordenador nacional do MLST em Goiás, Aparecido Ramos.

O Plenário da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, na cidade de Goiânia, foi o local do lançamento da Marcha e reuniu trabalhadores rurais, especialistas, militantes da reforma agrária, deputados e organizações da sociedade civil. A Marcha é uma atividade do MLST para promover o necessário resgate do debate da reforma agrária na agenda política brasileira.

O MLST inicia o diálogo com a sociedade sobre os temas centrais de um projeto político que defende a concepção de um novo modelo de Reforma Agrária para o Brasil, onde as Empresas Agrícolas Comunitárias (EAC) figuram como alternativa econômica, social e cultural ao modelo de agricultura convencional desenvolvido pelo agronegócio. Sem qualquer receio da apropriação do termo “empresa”, comumente rotulado como um modelo ideológico de desenvolvimento, a experiência das EAC vem sendo encarada como a solução para combater o processo de favelização dos assentamentos pelo Brasil.

A Marcha da Reforma Agrária do século XXI é de todas as pessoas que lutam para acabar com a fome e a miséria no Brasil. É a Marcha da confraternização dos que trabalham e lutam no campo e na cidade pela democratização da terra para produzir alimentos saudáveis livres de agrotóxicos.

Aperte a Mão de Quem o Alimenta porque os trabalhadores e trabalhadoras rurais são responsáveis por 70% da produção de alimentos básicos da mesa do brasileiro; porque representa 74,4% da mão-de-obra do campo; porque desenvolve o comércio local; porque produz alimentos preservando o meio ambiente; porque diversifica sua produção; porque democratiza o acesso a terra.

Marchamos pela Reforma Agrária do Século XXI com companheiros e companheiras de todo o país.

Saída: 21 de Agosto de 2011

Cidade de Goiânia rumo à Brasília

MLST, nossa luta é pra vencer!

Contatos:

Aparecido Ramos – Membro Direção Nacional - GO (62) 9917 – 7981 ramosfaria@gmail.com
Bruno Maranhão – Membro Direção Nacional - PE (81) 9635 – 8623 maranhaobruno@hotmail.com
Jutai Moraes – Membro Direção nacional – BA (71) 9965-0022 e 9104-1548 jutaimj@bol.com.br

Email da Marcha: marchaseculo21@gmail.com
Twitter: @mras21
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domingo, 29 de maio de 2011

A Marcha da Liberdade e a diversidade nas ruas

Mais que uma manifestação, uma festa. Uma festa, porém absolutamente politizada. Ao menos 32 organizações convocaram a Marcha da Liberdade, chamado atendido por mais de 5 mil pessoas (o pessoal do movimento Fora do Eixo aponta até 10 mil presentes, não duvidaria) que foram até uma Av. Paulista gelada cantar, dançar e protestar, exigindo liberdade e o fim da censura imposta por um governo ditatorial tucano, que aparelha a justiça e impede a livre manifestação.

Mulheres, crianças, bebês, jovens, velhos, ex-guerrilheiros e até mesmo maconheiros (sim, foi uma piada) lotaram o vão do MASP ao som de muito maracatu (música pernambucana, o que deve ter feito a elite racista local se torcer de raiva) e caminharam por horas até a Praça da República, atraindo mais pessoas ao longo do caminho e recebendo o apoio de muitos que observavam dos prédios.

A polícia, depois do horror encenado pelo Choque na Marcha da Maconha, se comportou bem, apesar de um ou outro soldado, já no fim da marcha, comentar que estava "doido pra dar porrada nos maconheiros", como ouvi de um pequeno grupo que, talvez, estivesse ameaçando se rebelar do comando do Major que controlava a tropa.

Na altura do Cemitério da consolação, os manifestantes fizeram um momento de silêncio em homenagem aos ativistas da agricultura familiar e do extrativismo responsável assassinados por ruralistas no norte do país na última semana.
Foi o Aldo Rebelo?

A marcha em si foi extremamente tranquila, tanto que já no fim da Consolação os manifestantes se sentiram seguros para gritar em favor da legalização da maconha e anunciar que muitos ali eram maconheiros.

Nenhuma reação da PM, felizmente.

Chegando já na Praça Roosevelt um pequeno momento de tensão, enquanto dois punks (me disse um PM) ou skinheads (me disse outro PM), eram presos por terem tentado invadir um carro da Globo e tentado destruir os equipamentos lá dentro, além de terem chutado e esmurrado o carro.

Surpreendentemente, a reação da PM foi a de não espancar nem os dois e nem os demais manifestantes. Um dos dois se recusava a ser preso e, dada a presença da mídia, não apanhou até ser convencido a entrar no carro e ser levado para a delegacia.

Claro que não é possível se iludir e achar que o comportamento da PM se deve (ou se deveu) a qualquer tipo de decência ou boa vontade e sim de possíveis ordens vindas de cima. Depois da violência absurda na Marcha da Maconha, em que até os veículos mais reacionários - como a Folha de São Paulo - foram forçados a mostrar a realidade depois de jornalistas terem também sido atacados, o governador talvez tenha sentido que outro episódio violento poderia prejudicar sua imagem.

Após este momento de tensão o carro da Globo foi escoltado por diversas motos da PM enquanto os manifestantes gritavam exigindo que a equipe fosse embora. Após isto a marcha seguiu sem maiores problemas até sua dispersão, pouco depois das 19h.
Falha de São Paulo: Frente

Falha de São Paulo: Verso

Ao longo de toda a marcha, muitos pedidos de liberdade de expressão, o que seria de se esperar, mas também um uníssono repúdio à aprovação do Código Florestal e ao cancelamento da distribuição do Kit Anti-Homofobia, além de vários momentos em que os presentes exigiam o fim do uso indiscriminado das chamadas armas não-letais, que podem sim matar e que são usadas como instrumentos de tortura por parte das forças policiais.

Apesar do sucesso da Marcha, é difícil ter uma noção de seus resultados práticos. Vivemos em um estado que nem de longe é de direito. Em nível federal temos um governo que não vê problemas em vender suas bandeiras, rifar movimentos e fazer acordos com Marginais da Fé e outros tipos de criminosos e, em São Paulo, temos um verdadeiro estado fascista, com uma justiça à mando dos poderosos e um prefeito sempre pronto a mandar espancar qualquer trabalhador, estudante ou pessoa em situação precária, vítima de suas políticas.

A mobilização juntou pessoas de todos os tipos e militância, mesmo algumas que pareciam "perdidas", talvez em sua primeira grande manifestação, e ao menos demonstramos alguma força e conseguimos sensibilizar uma boa quantidade de pessoas. É continuar a mobilização e tentar colher frutos.

Mais fotos no Flickr.

Vídeos da Marcha:


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Mais posts sobre a Marcha, com fotos:

Blog do Sakamoto - A Marcha da Liberdade ocorreu e não doeu a ninguém
Maria da Penha Neles - Fotos da Marcha da Liberdade 
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