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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Privataria Petista: "Concessão" é Privatização.

No twitter, o @realistacritico matou a pau e fez uma bela pesquisa sobre a Privatização - sim, chama-se PRIVATIZAÇÃO - dos aeroportos. Uma pesquisa pra petista fanático nenhum botar defeito ou gritar "governabilidade". Concessão, apesar do duplipensar e da novilingua petista, significa tão somente privatização, mas com nome mais palatável, mas "tucanado". Aliás, os próprios tucanos, em lei criada por eles, chamam privatização de "desestatização".

Segue a série de tuítes em forma mais simples de ler, intercalados por textos da lei citado:
Os petistas deveriam ouvir o presidente da INFRAERO que eles mesmos indicaram dando entrevista pra aprender o que afinal foi feito nas concessões dos aeroportos e não ficar falando idiotisses de "concessão não é privatização".

Pra deixar claro: o caso dos aeroportos é formação de uma joint venture 51% capital privado e 49% capital público numa espécie de "locação" de espaço público com direito a exploração econômica. No fim do dia, o que vai ser formada? Uma EMPRESA PRIVADA, porque a maioria dos votos será privado, e não SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA.

Então, foi uma privatização SIM, só que sob a forma de concessão. O resto é uma grande mentirada que nem eles conseguem defender. Talvez se estudassem um pouco mais não sairiam por aí falando tanta asneira sobre o que não sabem.

E tem mais: se eu não entendi errado, o pres. da INFRAERO disse que está previsto em edital que 49% do ágio será pago pela Infraero. OU SEJA, o ágio não foi tão astronômico como estão dizendo, porque metade do valor será paga pelo próprio governo.
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Sobre a questão do ágio, o @realistacritico informou que não tinha certeza sobre ter ouvido bem, então este parágrafo pode não estar com a informação correta, porém o resto do texto contém informações verificadas.
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O que significa o "desenvolvimento sustentável" e o "crescimento acelerado de nossa economia"

Dilma declarou recentemente no Fórum Social Mundial que o objetivo de seu governo é meramente distribuir renda através do crescimento acelerado da economia, significado, para ela, de desenvolvimento sustentável.
No meu governo, quando falamos de desenvolvimento sustentável, eu quero dizer aqui de forma clara no que estamos falando. Para nós desenvolvimento sustentável significa crescimento acelerado de nossa economia para poder distribuir riqueza. Significa criação de empregos formais e expansão da renda dos trabalhadores. Significa distribuição de renda [...]
É bom saber do que falamos e do que pensa nossos inimigos - sim, considero Dilma uma inimiga.

O que podemos interpretar de tal declaração?

Em primeiro lugar que Dilma fala em desenvolvimento sustentável, mas parece não saber o que isto significa.

Foi o melhor termo que ela e sua equipe encontraram para tentar agregar diferentes setores em torno do seu projeto de desenvolvimento. Sim, só desenvolvimento, e mesmo quanto a isso pairam inúmeras dúvidas.

Especialmente na questão do "desenvolvimento para quem"?

Como bem apelidou o Eduardo Viveiros de Castro, Dilma nada mais é que uma "altercapitalista". Teve a cara de pau de em pleno FSM declarar que o "outro mundo possível" é este mesmo, o do capitalismo.

Mas talvez um [capitalismo] mais "humano". Bonzinho, porque não?

Não sei o que ela e o Eike Batista andam fumando, mas sem duvida é algo que eu não tenho condições de comprar pra viajar da mesma maneira e com tanto gosto. Infelizmente eu só poderia (não posso, é ilegal, né gente?) comprar uma maconha vagabunda na esquina e comemorar os 3 minutos de "prazer" e o resto de dor de cabeça.
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sexta-feira, 4 de março de 2011

Balanço Inicial do Governo Dilma: Meio Ambiente, Economia

Dando continuidade à série de postagens sobre os primeiros meses do governo Dila, trato agora de Belo Monte e dos primeiros desacertos da economia.

As postagens serão interrompidas até quinta-feira após o carnaval.


Meio Ambiente (Belo Monte)


Impossível falar de meio ambiente sem falar do maior crime ambiental que um país pode promover: Belo Monte.
A liberação das obras de Belo Monte, assinada nessa quarta, 26, pelo Ibama, é o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou.

Foi dado sinal verde para que um enorme predador se instale às margens do Xingu para devorar a mata, matar o rio e destruir nossas casas, plantações e vidas, atraindo centenas de milhares de iludidos, que este mesmo governo não consegue tirar da miséria. Em busca de trabalho, que poucos encontrarão, eles chegarão a uma região sem saneamento, saúde, segurança e escolas.

Denunciamos esta obra, que quer se esparramar sobre nossas propriedades, terras indígenas e a recém reconhecida área de índios isolados, como um projeto genocida. Denunciamos essa obra como um projeto de aceleração da miséria, do desmatamento, de doenças e da violação desmedida das leis que deveriam nos proteger. Denunciamos que toda essa miséria, violência e destruição será financiada com dinheiro público dos contribuintes, através do BNDES
Sem nenhum respeito pelos movimentos sociais e pela população local, o governo dá sinais de que não freará a construção deste monstro ou de que levará opinião alguma em conta, senão a sua própria dentro deste sonho neo-desenvolvimentista datado.

Leonardo Sakamoto é direto:
Belo Monte será um grande gerador de impactos sociais e ambientais. Por exemplo, o Ministério Púbnlico Federal avalia em cerca de 40 mil o total de atingidos – incluindo populações tradicionais e indígenas.

Como já disse aqui em um post dias atrás, não adianta o governo federal elevar a questão dos direitos humanos nas relações internacionais e não executar o mesmo internamente. Se quiser fazer valer os direitos humanos em regiões rurais, a presidenta Dilma Rousseff terá que comprar brigas com áreas que lhe são importantes, como o setor elétrico. Coisa que, acredito, não vá fazer, muito pelo contrário. Incluída no PAC e no Plano Decenal de Energia (2007-2016), Belo Monte está planejada para ter uma potência máxima de 11,1 mil MW, mas a produção média estimada pela Eletrobrás é de 4.796 MW.

Lutou-se na ditadura não apenas por liberdade civis e políticas, mas por direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Desse ponto de vista, como justificar diferenças entre o discurso de uma época em que abríamos grandes estradas em rito sumário para o momento em que construímos gigantescas hidrelétricas em rito sumário, xingando os opositores de “arautos do atraso”?
O perigo que traz Belo Monte é descartado pelo governo sem qualquer tipo de discussão. Um verdadeiro crime contra a natureza e a humanidade está em curso.
Por trás desse discurso oficial de “normalidade” criado pelo governo, pessoas organizadas em movimentos sociais e ambientais vêm construindo, desde a década de 1970, sua própria história de resistência à construção de Belo Monte. São elas índios e ribeirinhos, cujos modos de vida e meios de sobrevivência atuais sofrerão um impacto desastroso com a construção da usina.
Economia

O governo Dilma mal chegou e, como primeira medida na economia, aumentou de cara os juros. Tudo isto como pano de fundo para cortes de gastos - medidas que fazem os privatistas e os papas do FMI darem pulinhos de alegria.
Depois de elevar a taxa básica de juro da economia (a Selic) em 0,5 ponto percentual, o Banco Central (BC) passou a ser bombardeado por críticas de dirigentes sindicais, de políticos ligados ao PT e de integrantes da chamada “ala desenvolvimentista” do governo. O bombardeio ainda não atingiu a intensidade observada em passado recente, mas já há sinais de uma luta surda nos bastidores em torno da condução da política econômica. A retomada desse embate talvez resulte do primeiro erro cometido pelo governo Dilma, ao adiar o anúncio do corte de gastos para a obtenção do superávit primário deste ano.
Obras do PAC podem ser atingidas pelos cortes (por mais que ministros tentem negar) e diversos setores podem sofrer dos cortes. Um governo que basicamente se sustentou - e fugiu da crise - através de medidas artificiais de promoção do consumo não pdoe se dar ao luxo de, de um dia pro outro, defender cortes.

De fato, haverá cortes no orçamento das universidades federais (isto porque Dilma iria privilegiar o ensino em seu governo) e o turismo pode ter cortes de 84% e o Minha Casa Minha Vida também terá cortes.

Dilma MENTIU ao afirmar várias vezes que não cortaria verbas do PAC. Cortou 40% do Minha Casa Minha Vida, ou seja, PAC. além disso o orçamento pro Esporte e Turismo, às vésperas de Copa do Mundo, Olimpíada e mais outros eventos esportivos só pode ser piada de mal gosto.

Mas não para por aí, como mostra Altamiro Borges:
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou, nesta quarta-feira (2), mais um aumento de 0,5% na taxa básica de juros. A mídia corporativa, que mantém sólidos vínculos com o capital financeiro, já havia cantado a bola de que isto iria ocorrer. Na verdade, ele utilizou as duas últimas semanas para criar o clima neste sentido – com manchetes sobre o fantasma da inflação e queixas contra as medidas “tímidas” de cortes do Orçamento da União (e olha que foram R$ 50 bilhões de cortes!).

O Brasil não só volto a ter a maior taxa de juros do mundo, como ainda transferiu 15 bi em títulos da dívida para credores. Cortamos 50 bi do orçamento, mas pagamos até agora quase 200 bi em dívida só contanto 2010 e 2011.

O governo Dilma conseguiu numa pancada só ser chamada de populista pela mídia ao elevar o Bolsa Família, ser xingada pelas centrais por não ter elevado o mínimo o quanto deveria e acabou recebendo elogios apenas dos grandes investidores, dos tubarões financeiro, que continuarão a ter lucros monstros.

Desta forma, o Brasil retrai a economia, segura investimentos, faz cortes em setores já deficitários e desagrada o conjunto da população, quem elegeu Dilma pra CONTINUAR o governo Lula e não para virar um FHC parte 2 e promover uma política econômica neoliberal que acreditávamos ter nos livrado. Ou deveríamos.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Herança Maldita ou Quando vendemos nossa alma


Duas notícias repercutiram duro no Brasil, em especial no PT e nos seus militantes e admiradores.

Duas notícias lamentáveis e que mancham a história do PT de maneira definitiva e irrevogável.

O partido que ao assumir reclamava da "herança maldita" para não conseguir realizar as reformas sonhadas por quem os apoiou por anos, agora resolveu vender a alma para aqueles que deixaram a tal herança e, enfim, apenas demonstram que na política todos são iguais, basta mudar a foto, o conteúdo jamais muda.

Não bastou o PT vender sua história e apoiar avidamente Sarney, o caudilho que destruiu o Maranhão, não bastou o presidente de honra do PT, o presidente do Brasil, Lula, sair em defesa de Sarney afirmando que este era um exemplo de homem político, íntegro, um trabalhador (?), não bastou a venda de toda a ideologia à Inocêncios de Oliveira, Sarneys, Calheiros, PSDB's, PP's e afins, agora a nova onda é fazer juras de amor à nada menos que Collor, o ladrão, corrupto, safado e salafrário que roubou o país, foi deposto com amplo apoio popular - unanimidade? - e que, sabe-se lá como, voltou ao poder, agora como Senador.

Aliás, cabe um adendo, sabe-se sim como este energúmeno retornou, pelo voto de cabresto, pelo voto da ignorância, dos conchavos, compra de votos, intimidação e a mais pura ignorância. A Bahia tinha ACM, o Maranhão tem Sarney e Alagoas tem os Collor. É batata, candidatou-se, elegeu-se.

Alguns podem achar que a frase do presidente não implica em elogio, apenas constatação de fato, outros podem dizer que o presidente deu um "puxão de orelha", para usar um termo que os Globais adoram, e depois apenas afagou de leve, que não foi nada mas, convenhamos, dada a história de lutas do PT, de luta até mesmo contra este Collor que hoje afagam, não permitiria qu Lula, símbolo máximo do partido, se colocasse num mesmo palanque que Collor e Renan Calheiros. É simplesmente inaceitável.
"- Quero aqui fazer justiça ao comportamento do senador Collor e do senador Renan (Calheiros) que têm dado uma sustentação muito grande ao trabalho do governo no Senado - afirmou Lula logo no início do discurso."
Concordemos que não foi um elogio, apenas um "simples" afago. Não importa, a venda da alma para usineiros, latifundiários, caudilhos, coronéis e toda a corja que manteve este país atrasado e corrupto, pobre e ignorante não se justifica. A troca de uma suposta sustentação do governo pela alma do PT e dos brasileiros não é justificável em hipótese alguma.

O governo do PT nos trouxe avanços? Sem dúvida, muitos. Mas também muito retrocesso e, o pior de tudo, a certeza de que não existe ética na política, que bandeiras não servem para nada, apenas para serem brandidas em campanha e guardadas no armário durante o governo.

Por um lado privatizações foram freadas, por outro a regulamentação do que já estava privatizado foi torpe.

O Bolsa Família foi um avanço, mas a falta de projetos e financiamento para que o povo passe a não mais precisar dela foi e está sendo um fiasco.

O ProUni foi um avanço, sem dúvida alguma, possibilitou que milhares de pessoas pobres pudessem estudar, mas acabou financiando e dando sobrevida à UniEsquinas como UniNove, Universo, Anhanguera, UniRadial e outras aberrações mais pelo país. Vale acrescentar que, caso o dinheiro fosse usado na concessão de bolsas apenas para universidades bem avaliadas - PUC's, Mackenzie, Unicap, etc - e o resto servisse para a revitalização e ampliação do ensino público em universidades federais, aí sim teríamos um projeto válido e realmente interessado em levar educação ao povo.

O MST foi menos atacado (excetuando ações individuais e criminosas no Rio Grande do Sul), mas o ritmo de assentamentos e a reforma agrária em si foi absurdamente menor que nos governos anteriores. Daí o Abril Vermelho e o rompimento do MST com o governo.

A UNE foi aparelhada e se tornou um apêndice supurado, a CUT pelegou em diversas questões relevantes até culminar com a criação da Intersindical, Conlutas...

O Banco do Brasil e a Caixa continuam com seus salários ridículos e com suas greves ignoradas pelo governo e pelos banqueiros - lembrem-se que Lula iria restaurar a dignidade e o orgulho de trabalhar nos bancos estatais!

Apenas para ficar em alguns exemplos.

Mas a economia.... Bem, esta está ótima! Apenas marolinhas....
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